Um dos maiores problemas da sociedade moderna é o violência, o qual tem
atingido aos cidadãos indistintamente, causando grandes prejuízos
financeiros e, sobretudo, ceifando inúmeras vidas. Um dos aspectos mais
nefastos da criminalidade, quiçá o pior, é a sensação de insegurança,
deixando a sociedade tensa, preocupada, receosa, ansiosa por solução.
O foco desse texto não é adentrar nas causas geradoras dessa realidade,
já que a violência é multicausal, sendo um assunto por demais complexo
para ser tratado em tão singela abordagem. O foco dessas poucas linhas é
demonstrar a forma provinciana com que o assunto vem sendo tratado em
Taquaritinga do Norte.
É sabido que, segundo o texto de nossa Lei Maior (Constituição Federal),
“A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos...”(grifo nosso), e – não sendo uma atribuição exclusiva dos
municípios, assim como não são inúmeras outras – não exime os gestores
municipais de buscarem recursos e soluções, em cada caso, para os
problemas locais e, obtendo êxito, colherem os frutos de suas
iniciativas bem sucedidas.
Em 11/02/2009, nos microfones da Farol fm, o então Prefeito interino
(Lero) PROMETIA a reativação do posto policial de Pão de Açúcar para
março daquele ano, afirmando que já tinha o apoio do governo do Estado
para tanto – o que não aconteceu.
Em 29/07/2009, poucos meses após a promessa feita na Farol fm, foi
inaugurado o prédio do posto policial “Paz nas Estradas” – explicitando o
não cumprimento da promessa anterior – onde foi PROMETIDA uma viatura e
três policiais a cada dia destinados a Pão de Açúcar, fato que não
gerou os frutos imaginados, já que após isso os índices de violência no
distrito aumentaram vertiginosamente, valendo salientar que nesse
período o local passou por uma onda de homicídios nunca antes vista.
No dia 07/03/2012, mais uma vez, o blog imprensa oficial (www.imprensataqdonorte.blogspot.com)
veicula matéria onde diz: “nessa manhã chegou ao distrito de Pão de
Açúcar, efetivos de pessoal da Polícia Civil”, afirmando que o distrito
também havia recebido uma viatura.
Em 29/06/2012 – quarta tentativa – inauguraram oficialmente o posto do
subdestacamento de polícia militar, afirmando que este contaria com doze
policiais, mesmo após a pomposa inauguração a violência continuou sem
tréguas, visto que até mesmo uma moto foi roubada em frente ao
subdestacamento; os policiais trabalham sem qualquer estrutura, não há
um telefone a disposição deles, um fone de contato com o efetivo, o
prédio não foi reformado para recebê-los, não há mobiliário adequado,
não há computador, enfim, não há estrutura. Vale citar que não se tem
conhecimento de ato publicado no diário oficial do Estado criando tal
subdestacamento e lotando aqui os respectivos policias.
O subdestacamento de Gravatá do Ibiapina, também, não tem levado àquela
comunidade a paz desejada, haja vista – segundo comentários dos
moradores – permanecer a maior parte do tempo fechado.
Várias reuniões foram realizadas, capitaneadas sobretudo pelos atuais
gestores municipais, tratando do assunto, no entanto, não se observou
redução dos números da violência nem aumento considerável no efetivo,
demonstrando ausência de força junto ao Governo do Estado. Não se pode
deixar de dizer, sobretudo no caso de Pão de Açúcar, que as intervenções
mais bem sucedidas, por parte dos atuais gestores municipais, foi no
sentido de INTERFERIR NO TRABALHO DA POLÍCIA FAZENDO PEDIDOS EM DEFESA
DOS SEUS CORRELIGIONÁRIOS E APADRINHADOS NAS OCASIÕES EM QUE ESTES FORAM
ENQUADRADOS INFRINGINDO A LEI.
Não devemos aceitar que uma área de tamanha importância para todos seja
tratada – a exemplo da segurança pública – de maneira tão mesquinha,
retrógrada, politiqueira, como se fosse uma brincadeira, causando
prejuízos a toda sociedade, agredindo um direito basilar para o convívio
coletivo.
* Jucelino Tavares Ferreira.
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