“Acho que nós temos que ir para a Justiça”, afirmou o vereador sobre o embate de acusações entre ele e Ernesto Maia (PTB)
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seu discurso, o parlamentar pediu desculpas à população, afirmando que
houve excessos em seu discurso realizado na semana passada, no qual
proferiu ataques verbais ao vereador Ernesto Maia (PTB):
“Eu devo desculpas a população, como pessoa pública”, destacou.
O parlamentar falou também da decisão de
Ernesto de protocolar, junto ao Ministério Público, a quebra de sigilo
bancário e fiscal dele e de sua família, retrucando que o vereador não
podia fazer essa autorização sem as assinaturas de seus parentes e que
teria faltado a autorização para a quebra de sigilo telefônico: “Cada um
responde por si”, enfatizou, citando a falta dessas assinaturas.
Nesse momento, o vereador Ernesto pediu
um aparte e respondeu que “Está autorizado. Se precisar de assinatura a
gente leva, o quem for. Da minha família, dos meus irmãos, da minha mãe,
da minha esposa e de quem me cerque”.
Dimas enfatizou que Ernesto deveria
levar as assinaturas, já que os seus familiares o fizeram e pediu que o
vereador anexasse também à quebra de sigilo telefônico no seu pedido.
Ernesto prontamente aceitou: “Pode ter certeza que será levado e esse
sim (a quebra de sigilo telefônico) é que está a disposição”.
Dimas também enfatizou que não vai mais
ficar discutindo sobre esse assunto na tribuna e que deixará para que a
Justiça decida ou até mesmo a instauração de uma CPI na Câmara para
definir o caso: “O bate-boca aqui vai ficar nisso:
Eu digo uma coisa e o senhor diz outra.
Acho que nós temos que ir para a Justiça. Eu processei o senhor, eu vou
ter a oportunidade de provar o que estou dizendo do senhor e o senhor
vai ter oportunidade de provar o que está dizendo sobre mim”, enfatizou.
Dimas também citou que processou todos
os vereadores que participaram das denuncias sobre o caso da empresa
laranja, em que Dimas é citado como proprietário de uma empresa que
presta serviços públicos.
“Ao invés da prefeitura batalhar para
ampliar, mandou destruir”, referindo-se a demolição parcial da praça do
bairro da Palestina
Em
seu discurso, o parlamentar citou o caso da praça situada no bairro da
Palestina, que foi recentemente demolida parcialmente por autorização da
Secretaria de Infraestrutura por estar instalada em terreno particular.
O parlamentar falou que ontem (17), recebeu um telefonema afirmando
que a praça estava sendo demolida e fez críticas à prefeitura por,
segundo ele, não tomar uma posição sobre o caso, para impedir a
demolição do local: “Ao invés da prefeitura batalhar para ampliar,
mandou destruir”, enfatizou.
O vereador também citou que a praça foi construída no ano de 2007, na
segunda gestão de José Augusto maia (PTB) e afirmou achar estranho do
porque a reclamação de propriedade ter sido feita somente agora, quase
05 anos depois de a praça estar lá instalada e criticou o secretário de
infraestrutura, Antônio Carlos, por dar um alvará autorizando a
demolição da praça para construção de um imóvel particular:
“Jamais ele poderia ter assinado uma licença de construção, onde a
praça estava servindo a população. Se a dona, ou que se diz dona, quer
derrubar, quer demolir, que entre na Justiça. Que vá atrás de seus
direitos, mas jamais um secretário, que era para cuidar do patrimônio
publico, poderia fazer uma coisa dessas”, enfatizou Junior.
Nesse momento, Dimas pediu um aparte e afirmou que, pelo tempo que a
praça estava construída, ela já era de propriedade de prefeitura e
afirmou também que é necessário que haja uma investigação para provar a
origem dos documentos apresentados pela suposta proprietária do local:
“O que se é preciso fazer é investigar a origem dessa escritura. A
gente tem que saber como essa escritura foi chegar até essa mulher”,
onde ele afirmou que o terreno já foi de propriedade de outras pessoas
ligadas a prefeitura.
Parlamentar aumenta as denúncias contra Dimas, sobre o caso da empresa G. Mergulhão
No
início de seu discurso, o vereador iniciou ironizando o vereador Dimas
Dantas, sobre seu pedido de desculpas a população por excessos,
cometidos por ele, na reunião anterior:
“Acho que ele deveria ter a hombridade e pedir desculpas a mim
também, mas só pediu desculpas às pessoas pelo comportamento alterado
que aconteceu dele, na semana passada”.
Ernesto citou também que, quem está no poder publico e for
questionado, em vez de atacar ou denegrir com uso de palavras como
“canalha”, Dimas deveria ter outra postura e aproveitou para alfinetar
seu algoz:
“Eu não levo muito em consideração porque, há quatro anos atrás, ele
chamou Edson Vieira de canalha e hoje é o vice de Edson Vieira. Então,
talvez seja uma prática do vereador esse tipo de ataque”.
O vereador também citou que diversas questões sobre as denúncias
feitas por Ernesto no caso da G. Mergulhão LTDA, deveriam ser explicadas
por Dimas a exemplo de uma suposta falsificação de assinaturas e de um
cheque dado pela compra de uma máquina que, segundo Ernesto, Dimas teria
pedido para que seu nome não fosse citado na compra.
Ernesto também citou casos de que essa empresa teria feito uma ação
contra “um popular” que, segundo Ernesto, a empresa não teria feito o
pagamento de aluguel e que esse popular teria despejado a mesma do
local.
Ernesto citou nomes de pessoas que, supostamente, estariam ligadas a
Dimas no Processo: Gustavo e Elba. Segundo Ernesto, Dimas, quando era
líder do governo, teria tentado intimidar Galego de Mourinha quando este
era secretário para que o caminhão continuasse prestando serviços mesmo
sem condições de uso.
Ainda segundo Ernesto, por essa pessoa ser do convívio de Dimas, Dimas teria dito que isso era justo.
O parlamentar também afirmou que Dimas tem que cumprir sua palavra de
que, caso envolvido nessas denúncias, ele manteria sua palavra de
renunciar ao cargo de vice-prefeito: “São fatos e coincidência que o
vereador Dimas vai ter que esclarecer ao Ministério Público sobre essas
questões”.
“Essa é que veio recheada, essa é que
vem pra dar dor de cabeça”, afirma parlamentar sobre a possível chegada
das contas de 2008, que apontariam a contratação de 700 funcionários
para promover a compra de votos
Em
seu discurso, o parlamentar falou sobre o caso da praça, situada no
bairro da Palestina, citando que poderia ter havido a doação de terrenos
que, segundo ele, foram favorecidos por José Augusto Maia.
O parlamentar citou também que está aguardando chegar a prestação de
contas de 2008, para serem votadas, afirmando que essas constas são
antecedentes as eleições que elegeram Toinho do Pará e que essas contas
mostrariam que 700 funcionários foram contratados, de maneira irregular,
para favorecer a compra de votos: “Essa é que veio recheada, essa é que vem pra dar dor de cabeça”, enfatizou o parlamentar.
Francisco Ricardo citou também duras críticas a Ernesto, onde afirmou
que pessoas da Secretaria de Educação e da Saúde foram coagidas e
promovidas a supervisoras para votarem em Ernesto.
O parlamentar fez duras críticas a Secretária de Educação Socorro
Maia, onde ironizou-a dizendo que, mesmo “ela sendo tão premiada, a
educação está falida. É evasão escolar e merenda de má qualidade”.
Francisco Ricardo também citou que a situação afirmava que a oposição
não voltaria ao poder, mas que isso aconteceu devido ao fato do povo
ter dado a resposta antes, desde a Eleição Interna do Moda Center
(realizada em 2010) e também agora, nessas eleições: “Nem para vereador
Zé ganha agora em Santa Cruz.