A homofobia entrou na campanha política em São Paulo através de uma
união esdrúxula entre José Serra e Silas Malafaia. O primeiro é
candidato à prefeitura da maior cidade da América Latina e disputa o
segundo turno contra o petista Fernando Haddad. O segundo é um
controvertido pastor da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Malafaia tem exagerado no tom contra Haddad, criticando o representante
do PT por ter criado o "kit gay", quando era ministro. Na verdade se
trata de um material que iria ser distribuído nas escolas contra a
homofobia e o projeto foi cancelado pela presidenta Dilma, devido à
polêmica que causou.
Serra, percebendo que as posições radicais do pastor, principalmente
contra os homossexuais, estão causando prejuízos à sua campanha,
combinou com Silas que os dois não apareçam próximos neste segundo
turno.
Talvez seja tarde demais, nestes tempos de internet já corre por São
Paulo e o Brasil esta foto de José Serra tascando um beijo em Malafaia.
Como é o paladino da luta contra os gays e pastor recebeu a beijoca
nitidamente constrangido.
É uma lástima que em pleno século XXI um tema desses faça parte de uma
campanha política. O pastor é um picareta já conhecido e Serra a cada
eleição apaga a sua biografia de quem lutou contra a ditadura e foi
exilado político. No Brasil existem milhões de homossexuais, homens e
mulheres com sentimento, sensibilidade, gente que trabalha, produz e
contribui com o país em diversas áreas. E um cara desses, usando o nome
de Deus, para instigar o ódio contra seres humanos simplesmente porque
têm uma orientação sexual diferente da nossa. Pode ir atrás que por trás
de uma figura dessas - Malafaia, Bolsonaro - está um sujeito mal
resolvido, possivelmente um homem (?) que sente desejo por alguém do
mesmo sexo e não se assume.
(A foto postada no facebook trás a frase que a imagem não precisa de
legenda. Realmente diz tudo. Sobre o assunto em si, porém, há de se
escrever páginas e páginas).
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