Por Roberto Almeida
Rio de Janeiro, que já foi a “cidade maravilhosa” virou a “cidade do crime”.
Foi lá que mataram a vereadora Marielle Franco e estavam tramando - descoberta feita esta semana - a morte do deputado estadual Marcelo Freixo.
Diariamente, na segunda cidade mais populosa do país, se matam jovens negros, donas de casa e crianças.
Na guerra que vive o RJ, há tempos, morrem também traficantes e policiais.
O estado é um caso de polícia. Lá já foram presos os ex-governadores Anthony Garotinho, Rosa Garotinho e Sérgio Cabral.
E recentemente o governador Pezão também foi pra cadeia.
Moreira Franco, que também foi governador, é investigado pela Justiça.
Curioso é que todos esses políticos bandidos foram eleitos pelo voto popular. Depois dizem que é o nordestino que não sabe votar.
E a situação só piora no Sul/Sudeste maravilha.
O mesmo povo que elegeu Garotinho, Cabral e Pezão botou na prefeitura o bispo da Universal Marcelo Crivella e este ano escolheu para governador um psicopata que anuncia tranquilamente na televisão que vai mandar matar pessoas, como se isso resolvesse os problemas.
Eleitorado do Rio (cidade e estado) não está isolado no país. São Paulo elegeu um farsante chamado João Dória para governador e o povo brasileiro escolheu um capitão ligado à milícia para presidente.
Estamos a caminho não de ser a Venezuela, mas a Colômbia de um passado não tão distante.
No rumo que vamos até o Paraguai daqui a pouco será mais civilizado do que o Brasil.
E não faltam estúpidos para achar que estamos no caminho certo.
Lembremos outra vez o dramaturgo Nélson Rodrigues: “Os idiotas ainda vão dominar o mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade: eles são muitos”.
Caso não dominem o mundo, conseguirão pele menos dar as cartas no país verde e amarelo.
“Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil...”. O Rio de Janeiro é um espelho do Brasil.
*Fotos: Jornal O Globo