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domingo, 2 de junho de 2024

Eduardo da Fonte diz que o Azul é “igual” ao Vermelho

        


 Se o deputado Eduardo da Fonte que deu entrevista ao radialista Márcio Felipe não for o mesmo bravateiro que prometeu impedir coligação do PP com qualquer partido que filiasse o prefeito Fábio Aragão, está fechado o caixão da possibilidade de uma junção dos progressistas com o grupo Boca Preta. Segundo declaração do deputado, “a chance de apoiar o grupo de Edson Vieira é a mesma chance de apoiar Fábio Aragão”, ou seja, zero, porque o prefeito foi quem despachou o deputado, como ele está despachando agora os azuis. A fala do deputado termina precipitando o movimento pré-eleitoral porque dá uma certa nitidez ao cenário político, já que era dele que se esperava alguma declaração sobre as articulações políticas e a oposição dependia dela.

        De Eduardo da Fonte esperavam-se três decisões: levar o PP para uma junção com os azuis, lançar uma pré-candidatura do empresário Robson Ferreira ou apoiar o nome do partido Novo, aparentemente o professor Alan Clemente. Com a primeira possibilidade descartada, não foi possível concluir na fala do deputado que o professor teria o apoio do PP à sua pré-candidatura. Da Fonte elogiou Alan Clemente, reconheceu nele credenciais para a disputa majoritária e chegou até a dizer que o integrante do Verde tem melhor currículo que o prefeito Fábio, algo que em política não diz muito. È só comparar o professor e intelectual Fernando Henrique Cardoso com o “analfabeto” Lula e ver como terminaram os respectivos governos em 2002 e 2010. Mas Da Fonte precisava dessa diplomacia para não assumir abertamente, pelo menos por enquanto, o rumo que os progressistas tomarão em seis de outubro.

       Pelo que declarou o deputado, não se pode assegurar seu apoio ao professor Alan, principalmente se observarmos a movimentação recente do empresário Robson Ferreira através de fotos e vídeos em grupos de watts da cidade e região. Sabe-se que as palavras do empresário tem o prazo de validade de dias, no máximo uma semana, mas é preciso sempre relembrar. Robson amealhou dez mil votos na eleição de 2022, ficando na primeira suplência do PL. Ao sair para o PP, seduzido por Da Fonte, o empresário praticamente deu adeus à possibilidade de assumir o mandato em Brasília, mesmo que por alguns meses. O “acordo” Da Fonte-Valdemar Costa Neto não garante que Robson não perca a suplência. Sendo assim, a troco de que ele saiu do PL para se filiar ao PP, senão com a garantia de poder ser candidato a prefeito?

        Agora, como Da Fonte pode apoiar um nome de segunda linha do Verde, que se filiou ao Novo sem conhecimento do deputado, partido que não tem sequer uma chapa proporcional de pré-candidatos a vereador? Um pré-candidato que abomina hipocritamente a política tradicional, onde o chefão do PP acumula poder? Tudo isso descartando os dez mil votos de Robson? Que “desistiu” da pré-candidatura por sentir corpo mole dos verdes para no final não estar na chapa majoritária? È esse nó que o deputado Eduardo precisa desatar, mas é fato que os verdes não podem fazer vetos porque não controlam partidos  e os nomes fortes potenciais pré-candidatos a vereador estão filiados ao PP. Como não cravou o apoio ao professor Alan, é natural que o deputado vá sugerir a chapa Robson-Alan Clemente e os verdes terão de fazer um balé bem convincente para recusar.

      Quanto aos azuis, resta claro que vão marchar sozinhos com a candidatura da ex-deputada Alessandra Vieira. Não há mais amarras para se definir o nome do possível vice, que não foi feito até agora justamente pela difícil possibilidade de uma junção com o PP, definitivamente sepultada por Da Fonte. Com os verdes virou impossível depois do míssil nuclear disparado pelo radialista Ernesto Maia e pela vereadora Jéssyca Cavalcante, que expuseram a nudez gerencial dos “diferentes” e embalsamou de vez uma possível nova candidatura Alan Carneiro, forçado a desistir. Caberá aos bocas pretas definir as estratégias e demonstrar o que conquistaram para a campanha eleitoral ao se filiarem ao PL, apostando na dupla Bolsonaro e Michele. Por enquanto, a pré-campanha tem sido temperada pelos discursos de “quem fez”, “quem não fez”, “quem tem obra”, “quem reciclou obra” propagados tanto pela militância quanto por pré-candidatos. Na fundamental definição do vice, os bocas podem optar pela “função apelativa”, com a missionária Sizerônica; pela “função emotiva” com Dida de Nan ou pela “função metalinguística” com Joselito Pedro.

          Se Da Fonte pensar pequeno e aceitar a vice na chapa do professor Alan, estará contrariando a lógica que costuma prevalecer na política e, principalmente, será alvo de questionamento sobre a “raposa política” que aparenta ser, afinal, controla uma forte bancada na ALEPE e vai arriscar sair da eleição de Santa Cruz como terceira via? Um ponto importante a ser definido é a presença do prefeito de Recife, João Campos, reforçando os azuis, em deferência ao ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. João teria coragem e contrariaria a dupla Diogo-Carreras? Miguel teria prestígio para tanto? Tudo isso e mais a prometida entrevista de Eduardo da Fonte, onde ele vai explicar o rompimento com o prefeito, ficam para os próximos pouco mais de dois meses. Por enquanto, fiquemos com a sugesta pesada do vereador Carlinhos em direção ao professor Alan Clemente. Reticências ou ponto final?

 Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.

DEPUTADOS LIBERAM FAKE NEWS E DIZER A VERDADE PODE DAR CADEIA

 



Em sessão realizada quinta-feira passada, deputados federais mantiveram o veto ao projeto que criminaliza as fake news.

Na prática, os parlamentares liberaram a população brasileiras para espalhar mentiras através da internet.

Na votação realizada em Brasília, a bancada evangélica em sua maioria votou a favor das fake news, contrariando o princípio bíblico de que mentir é pecado.

O liberou geral permitido pelo Congresso é tão esdrúxulo que o site Sensacionalista, que costuma fazer humor com assuntos sérios advertiu o seguinte: 

A partir de agora perigoso é falar a verdade. Pode dar cadeia. Pode parecer brincadeira, mas nesse Brasil atual, com esse Congresso que temos, tudo é possível.

O QUE ESTÁ EM JOGO NA ELEIÇÃO DE PREFEITO DE SÃO PAULO

 


A entrada do influenciador Pablo Marçal na disputa pela prefeitura de São Paulo, provocou mudanças políticas na maior cidade do Brasil.

Pesquisas divulgadas depois do anúncio da pré-candidatura de Marçal, pelo PRTB, mostram que o bolsonaristas tira votos de Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), mas não de Guilherme Boulos (PSOL).

Com isso, Boulos se isolou na liderança, ultrapassando os 37% das intenções de voto.

O prefeito Ricardo Nunes caiu para pouco mais de 20%, Pablo conquistou 10 pontos percentuais e Tabata ficou um pouco abaixo disso.

Se Guilherme Boulos crescer mais 5 ou 6 pontos pode vencer a eleição no primeiro turno.

Caso o socialista vá disputar o segundo turno contra Nunes, terá em seu palanque Lula, Geraldo Alckmin, Luíza Erundina e possivelmente a própria Tabata Amaral.

A eleição de prefeito de São Paulo passa a ser decisiva para os rumos da esquerda e da direita no país.

FILME "PSICOSE" FOI REALIZADO SOB DESCRENÇA DA INDÚSTRIA E DA IMPRENSA

 


Quando Alfred Hitchcock resolveu filmar "Psicose", em 1960, enfrentou muitas dificuldades.

Poucos antes de começar este trabalho, um jornalista perguntou ao diretor por que não parar quando estava no auge.

E frisou: "Afinal de contas o senhor está com 60 anos.

Ou seja naquela época uma pessoa com essa idade era considerada velha e devia se aposentar.

Passados mais de 50 anos a situação mudou muito. Woody Allen e Clint Eastwood, cineastas no mesmo nível de Hitchcock, realizaram seus últimos filmes perto dos 90 anos.

Nenhum dois dois, ao que se sabe, tiveram de passar por questionamentos semelhantes ao inglês, na década de 60 do século passado.

Os estúdios não acreditaram em "Psicose" e no início até pessoas próximas do diretor temiam pelo fracasso.

Alfred teve de hipotecar a casa para bancar as filmagens.

A imprensa também não apostou muito. A história do filme, já contada em livro, antes da realização do longa, parecia difícil de adaptar, muitos desacreditaram que podia render bem na tela.

Hitchcock, com o apoio de sua esposa, Alma, contrariou a todos - teve problemas até com a censura - realizou um dos seus melhores trabalhos e "Psicose" ainda hoje é sinônimo de suspense de qualidade.

Antes o diretor inglês, que depois de ficar conhecido passou a trabalhar nos Estados Unidos, tinha realizado, Um Corpo Que Cai, Janela Indiscreta, Rebecca, a mulher Inesquecível e Intriga Internacional.

Esses quatro e outros tinham consolidado seu nome como "Mestre do Suspense".

Depois de "Psicose" ela ainda fez mais seis filmes, dentre eles "Os Pássaros" (também excelente), mas nenhum superou o êxito do filme de 1960.

NEYMAR É O RETRATO DE UM BRASIL DECADENTE, REATIVO E MELANCÓLICO

 


Milly Lacombe
*

Assim como o Brasil envelhecido e conservador, Neymar está perdido entre o masculinidade tóxica e o empreendedorismo predador. Acha razoável responder a uma crítica chamando mulher de feia, velha e louca e acha bonito investir em projetos que envolvam a destruição de áreas de proteção ambiental.

O que tem em Neymar além desses dois mundos, o do homem tóxico e o do capitalista destruidor? Tem o jogador que parece não gostar mais de jogar e o pai que não se recusa a pagar largas pensões para que as mulheres que dele engravidaram cuidem dos filhos que ele fez. Parece bastante coisa, mas é bem pouco na verdade. É o mínimo, aliás.

Neymar, assim como a masculinidade frágil de forma geral, não consegue escutar críticas sem espernear e quando esperneia a pirraça acontece em escala mundial dada sua fama e alcance. Essa masculinidade tão apequenada precisa invariavelmente dar a última palavra, falar mais alto, xingar mais forte, reagir mais virulentamente.

Trata-se de um garoto preso no corpo de um homem. Um garoto que se recusa a crescer. Um garoto que acredita que a vida é rasgar os pneus do amigo que fez uma brincadeira boba com seus sapatos. Um garoto que abre a câmera e sai falando qualquer absurdo machista que passe pela sua cabeça porque tem certeza que o mundo é seu playground e que vomitar misoginia é apenas mais um chute em direção ao gol.

Neymar poderia ter sido imenso e, nesse caminho, nos ajudado a viver numa sociedade mais justa. Optou por jogar sozinho. E, jogando sozinho, vai protagonizando espetáculos deprimentes de descontroles e desatinos sempre para proteger os mesmos valores decadentes que estão nos afundando em destruição. As pessoas mudam e Neymar pode um dia mudar. Seria uma transformação poderosa. Mas, para isso, ele precisaria querer abrir a cabeça e me parece que ele não quer. Assim, seguiremos testemunhando seus chiliques, fúria verbal e descontroles. Quase sempre - por motivos que Neymar precisará de tempo para compreender - direcionados mais violentamente contra mulheres.

*Milly Lacombe é jornalistaO trecho foi reproduzido de um texto publicado no Portal UOL.

RAQUEL LYRA E SEU TIME PRESENTE EM CARUARU

 


Raquel Lyra sempre presente em Caruaru.

Está certa, afinal de contas é sua terra e por ter sido prefeita do município se projetou politicamente, se tornando a primeira mulher a governar Pernambuco.

Na foto do blog Cenário ela aparece com o prefeito Rodrigo Pinheiro, o ex-secretário Daniel Coelho e o deputado federal Mendonça Filho.

Mendoncinha vai apoiar Daniel, pré-candidato à prefeitura do Recife.

Se a eleição fosse hoje o candidato de Raquel na capital ficaria em terceiro ou quarto lugar. Perde para João Campos e Gilson Machado.

Tem menos de quatro meses para reverter o quadro desfavorável.