O Estado Islâmico começa a assustar o mundo após os acontecimentos na França. Essa organização surgiu poucos anos atrás, como uma dissidência da Al-Qaeda de Osama Bin Laden e atua principalmente na Síria e no Iraque.
Raqqa, na Síria, uma cidade de 200 mil habitantes, numa área metropolitana de cerca de 300 mil moradores, é considerada a capital do Estado Islâmico.
O canal de TV por assinatura Globo News exibiu no domingo à noite um documentário sobre esse Estado ocupado por terroristas que assombram o mundo.
Segundo o programa os integrantes da organização são extremamente radicais e impiedosos principalmente em relação às mulheres. Lembram o Talibã, só que esta organização se limitou a atuar basicamente no Afeganistão e no Paquistão, sem ousar levar suas ideias e ações ao mundo civilizado.
No Estado Islâmico as mulheres são obrigadas a usar duas roupas pretas (uma por cima da outra) cobrindo todo o corpo e três véus por cima da cabeça, para que não sejam vistos nem os olhos. Caso estes apareçam elas podem ser severamente punidas.
A Globo News mostrou que os terroristas frequentemente sequestram mulheres para usá-las como bem entendem e vendê-las como escravas.
Os sequestros podem envolver pequenos grupos ou verdadeiras aglomerações de pessoas. O documentário da TV mostrou uma ação do Estado Islâmico sequestrando três mil mulheres de uma única vez.
Quem é do sexo feminino é punido desde criança. Elas podem ser estupradas ou casar a partir dos 9 anos de idade, sem que os homens que as violentam de forma “legal” ou ilegalmente sofram qualquer penalidade.
Uma das cenas mais fortes do documentário foi quando uma mulher julgada por adultério foi confrontada com o pai. Os “juízes” perguntaram se ele perdoava a filha e ele não hesitou: “Não perdoo”, respondeu e ela foi condenada a morte por apedrejamento.
O próprio pai foi dos primeiros a jogar pedra para matar a adúltera.
Tudo isso foi feito atendendo a uma ordem divina, segundo explicaram os homens do Estado Islâmico.
São esses os homens que ocupam atualmente boa parte da Síria e do Iraque, que já atacaram diversos países e provocaram o horror na França na semana passada.
Os Estados Unidos e aliados já bombardearam mais de uma vez Raqqa, a “capital” do Estado Islâmico, mas a maioria dos terroristas continua bem viva e disposta a punir os que segundo eles não estão seguindo a vontade de Alá.
O mundo está cada vez mais louco e ninguém está tranquilo em lugar nenhum. Ontem foi a França, amanhã as vítimas podem estar no Brasil.
É preciso que as potências mundiais se unam, como fizeram no período da II Guerra Mundial, para combater o terror que hoje está mais no Oriente Médio e ameaça países da Europa e Estados Unidos. Mas amanhã pode chegar mais perto de nós.
Que o Deus verdadeiro nos proteja dos que usam seu nome para assassinar inocentes.
Como complemento a esse conjunto de informações baseadas no documentários da Globo News, reproduzimos abaixo cinco tópicos publicados no Jornal O Globo ajudando a entender o Estado Islâmico.
1 - Surgimento
O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis) foi criado em 2013 e cresceu como um braço da organização terrorista al-Qaeda no Iraque. No entanto, no início deste ano, os dois grupos romperam os laços. No final de junho, os extremistas declararam um califado, mudaram de nome para o Estado Islâmico (EI) e anunciaram que iriam impor o monopólio de seu domínio pela força. O EI é hoje um dos principais grupos jihadistas, e analistas o consideram um dos mais perigosos do mundo.
2 - Áreas de atuação
As atividades do EI se concentram no Iraque e na Síria, onde o grupo assumiu um papel dominante e possui forte presença. O recente controle de vastos territórios no Norte e Oeste do Iraque, além das áreas dominadas pelos curdos, ajudaria o grupo islâmico a consolidar seu domínio ao longo da fronteira com a Síria, onde luta contra o regime de Bashar al-Assad.
3 - Liderança
Seu principal líder é Abu Bakr al-Baghdadi, apontado como um comandante de campo e tático e designado "califa de todos os muçulmanos". Aparentemente, ele se juntou à insurgência em 2003, logo após a invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos. Diante dos avanços do Estado Islâmico, ele pode em breve se tornar o jihadista mais influente do mundo.
4 - Combatentes ocidentais
O Estado Islâmico conta com um vasto grupo de extremistas: entre 3 mil e 5 mil milicianos, muitos deles estrangeiros. Vídeos divulgados pelo grupo jihadista mostram britânicos que aderiam à causa islâmica e à luta armada. Os governos ocidentais temem que esses insurgentes possam voltar para seus países representando uma ameaça.
5 - Ações cruéis
Nos conflitos nos quais participou, o grupo foi acusado de diversas atrocidades, como sequestros, assassinato de civis e torturas. A milícia é considerada extremamente agressiva e eficiente em combate. Após a tomada de Mossul, os EUA afirmaram que a queda da segunda maior cidade do Iraque representava uma ameaça para toda a região. O avanço dos jihadistas levou os EUA a bombardearem alvos rebeldes.