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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Feliz primeiro de janeiro de 2023, professor, parcelado em duas vezes sem juros


 Bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer... A brincadeira não é mais tão usual, mas ainda habita a memória de muita gente, mesmo nas gerações mais modernas e menos românticas. Ainda assim, lá do Jardins do Capibaribe, saíram as pétalas que inebriariam os corações dos professores na campanha eleitoral de 2020. Houvesse um troféu em disputa eleitoral, o prefeito Fábio teria recebido uma premiação inédita, o candidato mais fofo. Além dos surrados clichês típicos desse momento social: prometo isso, prometo aquilo, vou fazer isso, vou fazer aquilo, o então candidato distribuiu flores aos professores. Compreende-se muito bem a necessidade das promessas já que o objetivo número um é a conquista do voto. Sabe-se também que muita coisa fica no plano do “prometo”. 

           Porém, receber uma flor, símbolo máximo do romantismo, derrete o mais pétreo dos corações. Faz muita diferença numa campanha eleitoral acirrada. A fofura precisaria ser recompensada, principalmente quando seguida daquele “vou conceder todos os reajustes que a categoria tiver direito” E os mestres não imaginariam que, no intramuros da consciência, sua excelência já havia contado as pétalas, que terminariam no “mau te quero”. No ano passado, a fofura romântica da campanha eleitoral foi parar no Supremo Tribunal Federal. O prefeito não se satisfez com a não concessão do reajuste determinado pelo MEC. Poderia ter feito como muito fizeram, simplesmente negar o aumento, ou pagá-lo parcialmente. Mas não, além da desgastante campanha salarial, onde o gestor se achava amedrontado, ameaçado em se reunir com a categoria, onde pisou na cândida promessa da campanha, sua excelência  foi à Justiça Federal para acabar com essa conquista histórica do magistério, o reajuste anual, baseado na lei do piso. Ou seja, não só Santa Cruz do Capibaribe ignoraria a portaria anual do MEC, mas qualquer um dos mais de 5 mil municípios brasileiros.

           Felizmente a liminar conquistada pelo prefeito foi suspensa no TRF da 5ª região, e o perigo de uma jurisprudência nacional foi afastado, com a promessa do prefeito Fábio de não recorrer da decisão, ou seja, o moço das pétalas de rosas não concederia o aumento, continuaria utilizando verbas do FUNDEB no órgão municipal de previdência, mas acataria a decisão da justiça regional, inclusive prometendo, para mostrar mais firmeza, não recorrer da decisão que cassou a liminar. Aliás, a decisão que revogou a liminar considerou uma ilegalidade a ação do prefeito de contestar a validade jurídica da portaria do MEC. Novamente, o prefeito ignorou as rosas e a promessa da promessa e recorreu ao Supremo, perdendo novamente. Por trás daquele gesto de enternecer os professores com flores, hibernava uma um coração de espinho. Demonstrou um objetivo tenaz de derrubar a obrigação de cumprir uma lei federal, o que prejudicaria todos os professores, de qualquer município brasileiro, ao mesmo tempo em que se utilizava da verba que garantia o pagamento dos salários dos professores para cobrir o caixa da previdência municipal.

          Finalmente, depois de negociações desgastantes, a categoria se viu obrigada a aceitar a proposta do prefeito, de pagar em 2024, uma obrigação que deveria ser cumprida a partir de janeiro de 2023. Mesmo assim, parcelada em duas vezes, sendo uma que se efetivou agora, na folha de dezembro, e a outra em meados do ano, às portas da eleição municipal, acumulando com o reajuste desse ano, que, considerando a palavra do prefeito, não deve chegar ao contracheque dos professores. Se ficar para 2025, e o prefeito conseguir renovar o mandato, e sempre considerando a rocha que é uma promessa do gestor, muito provavelmente, os professores não contabilizarão tão cedo o que lhes é de direito, reconhecido pelo então candidato Fábio Aragão.

         Financeiramente, janeiro de 2023 começou agora para o magistério de Santa Cruz do Capibaribe, ainda com o trauma da perda dos qüinqüênios, sem qualquer aviso preparatório para que os professores pudessem ajustar seus orçamentos. O maior rival político do atual prefeito não seria capaz de imaginar tamanho saco de maldades, disfarçado no gesto cândido de oferecer flores. Diante de tudo que fez, principalmente por ter tentado acabar com a “lei Áurea” do magistério, o prefeito Fábio “está de recuperação”.


Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.


CADA DEPUTADO ESTADUAL CUSTA 19 MILHÕES POR ANO AO CONTRIBUINTE

 


A lei orçamentária do Estado, para o exercício de 2024, assegura para a Assembleia Legislativa de Pernambuco R$ 938.901.900,00, segundo informações do jornalista Jamildo Melo 

O orçamento é repassado aos deputados pelo Poder Executivo até o dia 20 de cada mês. É o chamado "duodécimo".

Como a Assembleia tem atualmente 49 deputados estaduais, em uma conta simples, o custo de cada deputado estadual, em 2024, ficará em cerca de R$ 19 milhões no exercício.

Isso mesmo, cada deputado, inclusive o líder do governo, Izaías Régis, custa ao contribuinte 19 milhões de reais durante os 12 meses deste ano. Em 2025, quem sabe,  cada um poderá valer um pouco mais.

A verba dos deputados pode ser utilizada,  sem licitação, para "locação de imóveis", "material de expediente e suprimentos de informática".

Ainda para  "assinatura de TV a cabo ou similar", "consumo de energia elétrica", "locação de veículos a serviço do parlamentar e de assessores vinculados ao gabinete", "serviços de assessoria jurídica", "consultorias e trabalhos técnicos", "consultorias e trabalhos técnicos", "manutenção de site e perfil em redes sociais", dentre outros gastos previstos em resolução.

Valor repassado à Assembleia é superior ao destinado à saúde, educação e outras áreas. É o preço da democracia. Deputado recebe muito e faz pouco, alguém discorda?

RICARDO LEWANDOWSKI PODE SER O PRÓXIMO MINISTRO DA JUSTIÇA

 


Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski é o nome mais provável para assumir o Ministério da Justiça, em substituição a Flávio Dino, que foi indicado para o STF.

Segundo a jornalista  Malu Gaspar, do jornal O Globo, os presidente e o jurista já tiveram um conversa.

"Lewandowski sinalizou que aceita assumir a pasta se ela não for desmembrada, e tendo carta branca do Palácio do Planalto para montar a própria equipe", informou a repórter.

Flávio Dino foi um nome que se destacou no Ministério de Lula, mas ninguém é insubstituível. Ricardo Lewandowski, certamente, terá condições de comandar a pasta da Justiça.

Um país que teve há pouco tempo no ministério da Justiça figuras como Sérgio Moro e Anderson Torres, deve se orgulhar agora de nomes como Dino e Lewandowski. 

domingo, 7 de janeiro de 2024

PADRE FÁBIO DE MELO É ATACADO, EM MEIO À PERSEGUIÇÃO A JÚLIO LANCELLOTI

 


A tentativa de um vereador paulista de criar uma CPI para investigar ONGs, mirando na figura do padre Júlio Lancelloti, repercute até em Roma.

O papa Francisco já fez declarações públicas defendendo o sacerdote, que tem um trabalho conhecido junto aos moradores de rua da maior cidade do país.

A polêmica fez com que alguns vereadores recuassem, de modo que não se sabe se vão conseguir instalar a tal Comissão Parlamentar de Inquérito.

No meio da confusão, pela redes sociais começaram a cobrar um posicionamento do padre Fábio de Melo, que passou a ser atacado por não se solidarizar com o colega de batina.

Chamaram o padre cantor de pop e disseram que o mesmo gosta mesmo é de aparecer no programa de Luciano Huck.

Depois do bombardeio, Fábio divulgou uma nota tímida de solidariedade a Lancelloti.

ARQUIDIOCESE

Nesta sexta-feira o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo da Igreja Católica em São Paulo, foi às redes sociais para rebater críticas de que teria tentado “abafar” a investigação sugerida por parte da Câmara Municipal da cidade contra o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, por conta de seu trabalho assistencial com a população da Cracolândia, no centro da cidade.

“Não estou querendo “abafar” coisa nenhuma. Querem fazer a “CPI das ONGs”? Pois façam!”, escreveu Dom Odilo no X (antigo Twitter). O cardeal, contudo, questionou, na mesma postagem, o fato de o padre Júlio virar alvo da investigação.

“Por que mirar no trabalho do padre Júlio, q não é ONG, não tem ONG e ñ recebe dinheiro público para seu trabalho? Padre Júlio faz seu trabalho em nome da Arquidiocese de São Paulo, que também não é ONG e não recebe dinheiro público”, escreveu.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no centro da polêmica é uma proposta liderada pelo vereador Rubinho Nunes (União), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), que surgiu em dezembro com o objetivo de investigar entidades assistenciais que atuam na Cracolândia.

Ao todo, 23 vereadores haviam assinado o requerimento, que não fazia nenhuma citação ao padre Júlio. Nesta semana, porém, Rubinho declarou que o encarregado da Pastoral do Povo de Rua seria o principal alvo da investigação, o que causou reações.

RAQUEL LYRA TEM MELHOR AVALIAÇÃO ENTRE EVANGÉLICOS E ENDINHEIRADOS

 


A pesquisa do Instituto Atlas, em que Raquel Lyra (PSDB) foi avaliada como a pior governadora do Brasil foi o assunto do dia.

Blogs da capital e interior divulgaram a informação logo cedo, com repercussão imensa nas redes sociais, especialmente Instagram e grupos de Whatsapp.

No geral da pesquisa, a tucana foi aprovada por 36% dos entrevistados e reprovada por 49%. 

O detalhamento revela mais, sobre os humores dos pernambucanos com relação ao governo estadual.

Pior índice obtido por Raquel Lyra foi entre os jovens de 16 a 24 anos. Nesse segmento a reprovação chegou a 66%, com apenas 15% de aprovação.

Os homens veem a gestão com mais boa vontade que as mulheres. Raquel é aprovada por 38,2% do eleitorado masculino  e 33.9% do feminino.

A primeira governadora de Pernambuco não estaria tão ruim no filme se dependesse dos evangélicos. Os que professam essa religião dão aprovação de 49% a Raquel. Entre os católicos a avaliação positiva cai para 33,3%. 

Enfim, Raquel Lyra está agradando a quem ganha entre 5  e 10 mil. Os que têm uma renda nessa faixa salarial dão uma aprovação à governadora de 53,4%.

A ex-prefeita de Caruaru tem este ano e o próximo para reverter a situação. Vai correr contra o tempo. Até porque o seu provável adversário em 2026, João Campos, foi avaliado como melhor prefeito das capitais brasileiras.

O filho de Eduardo Campos caiu no gosto do povão. Raquel ainda não, mesmo comendo tapioca, bode assado, mungunzá e cuscuz.

Os vídeos que ela divulga comendo essas iguarias nordestinas até o momento não ajudaram muito. Está longe, por enquanto, de ter a popularidade de João.

*Fonte dos números: Instituto Atlas