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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Jobson, Evilásio, Zeca e Erivaldo: uma união frankstein

 


          Não foi a nobreza política ou um projeto para Taquaritinga, que juntou esses quatro personagens da política da Terra do “Café, três dos quais, ex-prefeitos, tradicionais rivais das disputas eleitorais desde 1988. Aliás, o termo do novo batismo, “calaboca”, citado por Evilásio na maratona de entrevistas do dia 25/07,  foi cunhado aqui nesse mesmo espaço, na coluna do dia 25/01/23, só que se referindo a Gena Lins e seu “novo grupo”.  As contradições são tão grandes e aberrantes, que mais parecem uma fratura política exposta E basta recorrer ao próprio Evilásio para mostrar que a argumentação de defesa da união mais parece a panela de Pedro Malasartes, que fervia sem fogo, enganando o incauto que a comprou, excitado com a maravilha. Perguntemos: na formulação do quarteto acima, Evilásio fez uso da lorota que repete dez vezes a cada entrevista, segundo a qual “o povo deve ser ouvido”? Quem do povo foi auscultado pelo novo quarteto para formar a possível chapa Evilásio-Jobson (Pouco provável Jobson-Evilásio)? A resposta está com o próprio Evilásio, que repetiu à exaustão: “fomos excluídos dentro dos nossos grupos, então resolvemos nos juntar para a disputa”. Nada mais sincero e revelador para explicar essa movimentação política: os nobres interesses eleitorais pessoais. 

                                                                                         Obama do Agreste

         Aqui também já foi repetido, à exaustão. Na campanha de 2016, Evilásio “cozinhou” a candidatura do então vice-prefeito Lero até as vésperas das definições. A ponto de constranger as próprias divindades cristãs nas igrejas católicas do município: de um lado do templo, Evilásio e seu grupo e do outro Lero e seus simpatizantes. Durante a campanha de 2020, na reeleição de Lero, dois fatos importantes explicam o atual e oportuno choro de Evilásio (“fui excluído”): primeiro, esnobou a possibilidade concreta de ser o vice na chapa Calabar e, para dar ao dono da camisaria o mesmo destino que teve a seleção feminina do Brasil, fez corpo mole na campanha. Não adiantou nada, o atual chefe da municipalidade se reelegeu “com moral”, sem ficar devendo favores ao “Nego Bom”. Foi o segundo grande erro de Evilásio.  O terceiro ele cometeu agora, “vendeu barato o passe”, tendo um longo prazo para esperar que o cavalo selado passasse novamente na sua porta. Marco Maciel dizia, “quem tem prazo, não tem pressa”. O ex-prefeito optou pelo “quem se apressa, come cru”. Não faz o menor sentido o argumento da exclusão. Se fizer, o Santa Cruz pode dizer também para sua torcida que não perdeu, foi excluído.

                                                        José Pereira Coelho (Zeca): o único que tem um “mundial”

         Na épica campanha de 1992, o forte candidato Calabar, saudoso doutor Aldeni, infelizmente, levou uma grande goleada nas urnas, diferente da disputa apertada de 1988, entre Mendes e Jânio Arruda. Este, terminando seu mandato e sem possibilidade de reeleição, lançou e elegeu o seu “poste”, Erivaldo Araújo”. Surpreendeu a vitória por mais de mil e quinhentos votos, numa mostra do poder que tem o apoio de um gestor bem avaliado, como Jânio na época. Um grande nome do grupo Calabar perdeu para um neófito na política, sem sequer repetir a performance de Mendes em 1988. E o”Golias” boca preta voltou em 1996, disputando a reeleição em 2000 contra... Zeca. Um vencedor improvável, que derrotou o poderoso Jânio, “raposa” azul sentada na máquina da prefeitura. A mística Calabar foi capaz de eleger o insípido Zeca. Mas, antes de concluir seu segundo mandato, o agora ex-secretário de agricultura foi “cassado” pelos mesmos personagens boca preta com os quais confraterniza hoje, como o ex-prefeito Erivaldo, por exemplo. Mesmo inelegível, Zeca viu sua esposa eleger-se e reeleger-se vereadora pelo grupo Calabar, enquanto ele próprio ocupava secretarias, numa mostra de que sempre foi respeitado e prestigiado. È tanto que agora, ao se juntar com aqueles que abreviaram o seu mandato, ocupava a importante pasta da agricultura, mesmo já vindo há tempos, constrangendo o prefeito com seus movimentos políticos, legítimos, mas ocupando um cargo de confiança. Antes tivesse tido a iniciativa de entregar a pasta. Agora, fica a pergunta ao ex-prefeito: tinham razão os adversários com seus argumentos em 2007? Se não, por que Zeca foi agora se juntar a eles?  Assim como Evilásio não foi excluído, não faltou a Zeca prestígio e consideração dentro do”trosso”.

                                                                                                 O novato Jobson

           Sentindo o desejo de se lançar na política, militante do grupo Boca Preta, e, pelas palavras proferidas em entrevistas, querendo oferecer a Taquaritinga um salto de desenvolvimento, principalmente no turismo, o pré-candidato Jobson da Internet desencadeia seus primeiros passos políticos. Inicialmente procurando representar o que se convencionou chamar de “patriotas”, aproximando-se do deputado Abimael, imaginando que a onda de 2018-2020 se repetiria no próximo ano. Uma estratégia claramente equivocada. Consequentemente, sem ter o cuidado de tratar com o devido valor a figura do ex-prefeito Jânio Arruda, o eterno candidato do grupo Boca Preta, que na última disputa fez o adversário suar e temer um desacerto eleitoral em 2020. Para Jobson, seria hora de Jânio dar oportunidade a outro nome, para renovar e tentar derrotar o adversário Calabar. Tudo isso antes de vislumbrar um “chamego” eleitoral com o “velho”. E de repente aparece Jobson, ao lado de Evilásio e Zeca, admitindo inclusive apoiar o cavalo de tróia, Evilásio, como cabeça de chapa, reservando para si o que o “Obama” não quis em 2020. E agora, como vai olhar para Jânio? E como vai encarar o eleitorado fiel do seu grupo? Como é que um segmento político tem dois candidatos e vai lá no adversário buscar uma alternativa, que só aceitou o convite porque foi “excluído” de onde estava e teve a quase garantia de sentar na janelinha do avião? Jobson não se iluda, preste bem atenção no recado dado por Zeca, ao seu lado. Não terminou bem para o PSG colocar Neymar, Messi e Mbappé no mesmo grupo. A vaidade se impôs. Cenas dos próximos capítulos.

                                               

                 Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.         

GOVERNO LULA AUMENTA O INVESTIMENTO NO SETOR CULTURAL

 


Um povo sem cultura é um povo sem memória. Uma nação bem desenvolvida é aquela que valoriza as diversas formas de expressão e compreende que, além de gerar conhecimento, lazer e educação, a cultura também movimenta a cadeia produtiva e criativa. Por entender a significância disso, o governo Lula recriou, em janeiro deste ano, o Ministério da Cultura, sob o comando da cantora Margareth Menezes.

Após seis anos de desmonte do setor, agravado nos quatro anos do governo Bolsonaro, a classe artística voltou a contar com incentivos financeiros robustos e estímulos para que se produza cultura em todo o Brasil, e não só no chamado eixo Rio-São Paulo.

Com a chegada do governo Lula, novas regras para o setor passaram a vigorar. Também em janeiro, foi assinado o decreto que regulamenta o financiamento cultural no país e estabelece regras e procedimentos gerais para os mecanismos de fomento direto (Lei Paulo Gustavo, Lei Aldir Blanc, Cultura Viva) e indireto (Lei Rouanet), além de outras políticas públicas para a área. 

Lei Aldir Blanc

Criada no período da pandemia de Covid-19, a Lei Aldir Blanc, de 2020, previa auxílio financeiro ao setor como forma de amparo aos trabalhadores da cultura atingidos pela pandemia. 

Em 2022, foi aprovada a Lei Aldir Blanc 2, de autoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que prevê investimentos de R$ 3 bilhões anuais pelos próximos cinco anos na cultura do país ao instituir a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.

Segundo a Agência Senado, em 12 de julho, o Congresso Nacional aprovou a abertura de crédito no valor de R$3,14 bilhões destinados para quatro ministérios e para transferências a estados e municípios (PLN 11/2023). A maior parte do dinheiro – R$ 3 bilhões – vai para os entes federativos e corresponde ao aporte anual determinado pela Lei Aldir Blanc 2 (Lei  14.399, de 2022), para fomento de projetos culturais.

Em homenagem ao grande artista Paulo Gustavo, falecido em virtude da Covid-19, a Lei 195/2022, que leva seu nome, dispõe de R$ 3,8 bilhões, o maior investimento da história em cultura. A autoria é do ex-senador Paulo Rocha (PT-PA) e foi aprovada por unanimidade pelo Congresso Nacional em 2022, com 74 votos.

O valor destinado aos estados será de R$ 2 bilhões e, aos municípios, de R$ 1,8 bilhão. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebra o “tempo novo” no ministério do governo Lula e explica como os gestores dos estados, municípios e Distrito Federal podem acessar os recursos.

GOVERNO RAQUEL LYRA DEMITE 15 MULHERES NUM ÚNICO DIA

 

Silvério Pessoa e Regina Célia foram 
os primeiros a deixar o governo
Jô Lima foi exonerada depois
de 28 anos servindo ao Detran



Pelo menos 15 mulheres foram demitidas hoje pelo governo de Raquel Lyra (PSDB). 

Apenas na Secretaria da Mulher, 14 foram atingidas pela "vassourada".

Segundo o jornalista Jamildo Melo,  a secretária Regina Célia só soube de sua exoneração em cima da hora, pois tinha agendado até um compromisso na TV Globo, no Rio de Janeiro.

Junto com ela foi mandada embora toda sua equipe e a Secretaria da Mulher por enquanto está sem pessoal suficiente para trabalhar.

DETRAN - Outra demissão que chamou a atenção aconteceu no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A jornalista Jô Lima, que serve o órgão como assessora de Imprensa desde 1995, tendo trabalhado também na antiga Cohab e na Secretaria de Agricultura, quando chegou hoje no trabalho tomou conhecimento de que tinha sido demitida.

Sem explicações. Quando recebemos esta informação, pela manhã, Jô ainda ia conversar com o presidente do órgão, para saber porque tinha sido descartada de maneira tão abrupta.

"Há um clima de insegurança terrível em praticamente todas as secretarias. De repente, todos começaram a viver o temor de serem exonerados, sem qualquer explicação. É como se ninguém mais tivesse a expectativa de passar os 4 anos nessa gestão e isso tem impactado negativo, tanto na qualidade quanto no compromisso com os trabalhos. Tamanha incerteza cria um ambiente de desânimo e desmotivação, refletindo-se diretamente na dedicação e no empenho", confidenciou um servidor, ao blog do Jamildo.

Confuso demais este primeiro ano da governadora Raquel Lyra.

segunda-feira, 31 de julho de 2023

EDUCAÇÃO PARA QUÊ?

 


      Boa parte daqueles que leem este texto já tiveram a experiência de ter a sua energia cortada por falta de pagamento ou por problemas no fornecimento, ter ficado sem abastecimento de água ou sem internet, e em momentos assim, as ações precisam ser emergenciais, para que esses serviços essenciais sejam normalizados, todos ficam esperando atentamente quando será possível ter tudo arrumadinho, no mínimo tempo possível.

Agora imaginem se todas às vezes que sentíssemos que há falta de qualidade e aplicabilidade na educação das nossas crianças, jovens e adultos, se ficássemos atordoados para que isso fosse organizado rapidamente para que o nosso futuro não fosse comprometido? Seria uma maravilha, iríamos em busca dos responsáveis e cobraríamos imediatamente providências, pediríamos melhores espaços físicos, pediríamos professores valorizados e bem capacitados, pediríamos tecnologia de ponta e programas de intercâmbio que permitisse maiores oportunidades para todos envolvidos no processo de Ensino e Aprendizagem, pois é, seria uma maravilha, mas não temos a educação como essencial, temos a mesma como algo complementar, retiradas as exceções claro.

Temos passado por reformas na Educação, quando, na verdade, como bem disse Cristovam Buarque, deveríamos ter uma revolução na Educação, todos os países que priorizaram o conhecimento e entenderam a escolarização de qualidade como investimento e não como gasto avançaram em todos os outros setores e boa parte caminhou para o patamar de país de primeiro mundo, e não precisa muito quando se faz de maneira contínua, o nosso problema continua sendo a aplicação de vários projetos sem análise correta dos resultados obtidos, ou seja, muita ação para pouco resultado.

Não há futuro sem Educação, embora seja uma fala clichê, se não entendermos a necessidade de priorizar isso hoje, poderá ser tarde amanhã, mesmo com o advento da inteligência artificial, ela não é autossuficiente, carece de programação humana. Vamos ver o que podemos fazer amanhã, mesmo sabendo que o amanhã não existe, se existisse, frases populares como fiado só amanhã, não fariam tanto sentido, no mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.


Professor Rimário

Graduado em História, Pós-graduado em História Contemporânea, Pós-graduado em Ciências da Educação.