Boa parte daqueles que leem este texto já tiveram a experiência de ter a sua energia cortada por falta de pagamento ou por problemas no fornecimento, ter ficado sem abastecimento de água ou sem internet, e em momentos assim, as ações precisam ser emergenciais, para que esses serviços essenciais sejam normalizados, todos ficam esperando atentamente quando será possível ter tudo arrumadinho, no mínimo tempo possível.
Agora imaginem se todas às vezes que sentíssemos que há falta de qualidade e aplicabilidade na educação das nossas crianças, jovens e adultos, se ficássemos atordoados para que isso fosse organizado rapidamente para que o nosso futuro não fosse comprometido? Seria uma maravilha, iríamos em busca dos responsáveis e cobraríamos imediatamente providências, pediríamos melhores espaços físicos, pediríamos professores valorizados e bem capacitados, pediríamos tecnologia de ponta e programas de intercâmbio que permitisse maiores oportunidades para todos envolvidos no processo de Ensino e Aprendizagem, pois é, seria uma maravilha, mas não temos a educação como essencial, temos a mesma como algo complementar, retiradas as exceções claro.
Temos passado por reformas na Educação, quando, na verdade, como bem disse Cristovam Buarque, deveríamos ter uma revolução na Educação, todos os países que priorizaram o conhecimento e entenderam a escolarização de qualidade como investimento e não como gasto avançaram em todos os outros setores e boa parte caminhou para o patamar de país de primeiro mundo, e não precisa muito quando se faz de maneira contínua, o nosso problema continua sendo a aplicação de vários projetos sem análise correta dos resultados obtidos, ou seja, muita ação para pouco resultado.
Não há futuro sem Educação, embora seja uma fala clichê, se não entendermos a necessidade de priorizar isso hoje, poderá ser tarde amanhã, mesmo com o advento da inteligência artificial, ela não é autossuficiente, carece de programação humana. Vamos ver o que podemos fazer amanhã, mesmo sabendo que o amanhã não existe, se existisse, frases populares como fiado só amanhã, não fariam tanto sentido, no mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.
Professor Rimário
Graduado em História, Pós-graduado em História Contemporânea, Pós-graduado em Ciências da Educação.
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