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terça-feira, 7 de maio de 2024

DIREITA FABRICA FAKE NEWS ATÉ NA HORA DA AFLIÇÃO

 


As chuvas no Rio Grande do Sul afetaram 134 municípios.

São 32 mortos e 60 desaparecidos.

Com a tragédia, o presidente Lula (PT) e o governador Eduardo Leite (PSDB), deixaram de lado as diferenças partidárias e se uniram para ajudar as pessoas atingidas pelas enchentes.

Mas políticos extremistas aproveitam a situação para fazer jogo sujo. Mentir, manipular, divulgar fake news.

No Rio Grande, o presidente Lula usou de uma metáfora ao falar da situação do Estado.

Disse que torce pelo Grêmio e o Internacional.

Até uma criança de 4 ou 5 anos compreende que o petista quis dizer "nessa hora não tem time", é hora de ser um só, de união.

Deputados como Nikolas Ferreira e Eduardo Bolsonaro, os dois do PL, criticaram o presidente.

Que é hora de cuidar das pessoas, não de falar de futebol, de torcer por um ou por outro.

Claramente uma distorção, uma interpretação maldosa do que foi dito.

Logo eles, aliados de um presidente que diante de uma tragédia semelhante, na Bahia, em vez de visitar o estado foi passear de jet ski em Santa Catarina.

MADONNA E O ÓDIO ÀS MULHERES "INDECENTES"

 


Madonna é uma puta! 

Puta e indecente, disse meu pai, ao ver o comercial que anunciava seu show a ser exibido na Band, talvez o ano fosse 97, eu tinha 10 anos. Obviamente eu assisti escondido aquele show. E não era só Puta, era isso e muito mais.

Vi uma mulher que desejava! Era ela dona, meretriz, chefe, sensível, forte - literalmente forte-, feroz, volátil, sexual, puta e desejante. Chamá-la de puta era a resposta de seu próprio comando. Quão poderoso era isso! 

Cresci ouvindo sobre ela, e sobre Adriane Galisteu com Sena, Xuxa com Pelé, Elza Soares com Garrincha, todas mulheres ruins, putas, indecentes e interesseiras. O que me causou fascínio instantâneo por escutá-las, “lê-las”, ouvi-las, percebe-las sob outra perspectiva. 

Nem Evas, nem Marias. Nem Santas, putas, boas ou más, sobretudo mulheres desejantes. 

Como mulher é odiada! As desejantes em potencial reforço. 

A mulher não pode desejar. O desejo parte do homem, elas esperam, e agradecem se são. 

A primeira a desejar, na literatura bíblica, foi Eva. E por Deus, como essa mulher errou feio, não?! 

Isso porque objeto não deseja, ele é desejado, ele serve, ele tá lá pra ser acessado e descartado. Ele obedece e sempre diz sim. O desejo delas é visto como uma ameaça à quem tem poder sobre elas. 

Madonna nunca esteve nesse lugar. Ela é quem deseja. 

O desejo foi tomado do outro, para ela. Ela se concretizou não na limitação do ser desejada, mas naquela que deseja. O foco muda da órbita para si, para o corpo de um outro, homem ou não, mas não antes de partir de si mesma. Isso foi, é e sempre será chocante.  Mordeu a maçã porque quis, a serpente foi ela mesma, glória a deusa. 

Adiantou Madonna a grande revolução, sendo a pedra fundamental de um movimento que é imparável. Mulheres desejam! 

Tomou dos homens, tomou da igreja, tomou do meu pai. 

Em Madonna a mulher desejante pôde tudo. Dizer sim, dizer Não. Engravidar, abortar, casar, descasar, nunca casar, amar, desamar, construir uma carreira, ir ou ficar. 

Madonna  está para as mulheres e os homens gays, como Alexandre O grande está para a civilização moderna. Se fez maldição, deu voz, luz e palco. Eu me sinto honrado em ser seu contemporâneo.

Texto: Douglas Amorim

TRÊS PARLAMENTARES DESTINARAM VERBAS PARA PREVENÇÃO DE DESASTRES

 

    Fernanda Melchionna
Maria do Rosário

Apenas três parlamentares gaúchos destinaram verbas para prevenção de desastres. Foram eles (as):  Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Maria do Rosário (PT-RS) e Reginete Bispo (PT-RS).

Jornalista Juliana Dal Piva localizou apenas quatro repasses da bancada gaúcha, que totalizam R$ 2,5 milhões, em emendas individuais, de bancada ou de comissão, para prevenção de desastres, defesa civil, ações de cunho ambiental ou de mitigação das mudanças climáticas no Rio Grande do Sul no orçamento de 2024.

Fernanda Melchionna fez duas emendas (total de R$ 1,7 milhão), para a elaboração de projetos de prevenção à erosão costeira e para gestão socioambiental. 

Maria do Rosário e Reginete Bispo disponibilizaram, respectivamente, R$ 500 mil e R$ 300 mil para ações de educação ambiental. 

Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento da União (Siop), sistema que registra a destinação das verbas federais.

Senador Hamilton Mourão não destinou recursos para prevenção dos desastres e anda sumido durante a crise que afeta o Rio Grande do Sul, estado que o elegeu.

No DATA MAGNO, o prefeito é favoritíssimo, mas o “recibo” Zé Augusto mostrou temor

        


 Diz o ditado popular que “a esperança é a última que morre”, mas o sábio que cunhou essa máxima da tradição oral da humanidade, se tivesse acessado o blog do fofoqueiro de Afogados da Ingazeira, trocaria última por primeira, ou esperança por desesperança. João Campos deve confabular com sua Tábata, à noite, sobre a recente pesquisa eleitoral publicada no espaço virtual do Magno “Malta” Martins sobre o pleito municipal de outubro em Santa Cruz do Capibaribe ou parou em frente ao espelho e indagou: “espelho, espelho meu, existe algum pré-candidato mais favorito do que eu?”. Sim, respondeu o espelho, para espanto e tristeza do Nevado (Nublado, considerando o superávit que prometeu e o déficit que entregou).

       Contabilizando os números da pesquisa do instituto Opinião, o passeio do prefeito Fábio pelas urnas em busca da reeleição será um voo de passarinho, tranquilo, sem caçadores à espreita, ou se tiver, armados com uma soca-soca que mais espalha o chumbo do que acerta o alvo. Não haveria outra expectativa, no grupo do prefeito ou no campo da oposição, de um resultado que não mostrasse duas coisas: o prefeito como favorito e à frente nos números, mas não na proporção captada pelo insuspeito instituto de Campina Grande, em parceria com o conhecido jornalista, cujas sondagens publicadas em seu blog sempre coincidem com o veredicto das urnas, com uma pequena margem de erro de 95%. Mas o resultado, como dito acima, superou até a expectativa em relação à reeleição do filho de Eduardo Campos em Recife, que muita gente já vê tomando posse no governo do Estado em 2026.

        Mas é evidente, tanto para o prefeito quanto para aqueles que sonham com sua cadeira na rua Grande, que o resultado da sondagem nem de longe vai se refletir nas urnas na proporção que a pesquisa captou. No momento, o prefeito treina sozinho na pista e faz o melhor tempo, mesmo que seu nome fosse Rubinho, Massa, Perez e outros jabutis da velocidade. Claro que tem o melhor motor, a melhor equipe, o melhor orçamento, mas quando os outros pilotos entrarem para treinar e para a largada no dia 6 de outubro, o prefeito vai precisar de estratégias para não deixar que algum potencial dos carros oposicionistas, ou oposicionista (se aquela peça fincada nas madrugadas dos grupos de wattsapp for de fato o componente que sugeriu ser) roube-lhe o lugar mais alto do pódio.

        Com tamanho favoritismo, por que o prefeito teve de engolir o sapão José Augusto Maia, por quem nutre tanto afeto quanto o dispensado ao vereador Carlinhos da Cohab naquele episodio da entrega do valioso feudo eleitoral ao vereador Flávio Pontes, a Malhada do Meio? Molhado no meio das lágrimas ficou o vereador (não necessariamente de derrota, mas de espanto com a reação do bom moço). Parece muito claro: o filho pródigo Zé Augusto poderia lhe roubar dezenas de centenas de preciosos votos, justamente do seu campo eleitoral. Se houver alguma dúvida, tem a candidatura de Tallys Maia para dissipar. Portanto, acautelou-se o prefeito para não dar chance ao imponderável e, de quebra, deu a José Augusto Maia o tão desejado birô numa sala com ar condicionado, com cafezinho, secretária e internet para assistir ao vivo os dois filhos se aparteando nos discursos da Câmara Municipal.

        Mas um componente alheio à pesquisa pode fazê-la repetir nas urnas os números que Magno Martins jura serem confiáveis: a divisão no campo oposicionista. A preço de hoje e considerando a fraternidade com que os grupos oposicionistas se relacionam, teremos duas candidaturas: uma do tradicional grupo Azul (hoje seria a ex-deputada Alessandra Vieira) e outra “hospedada” no grupo Verde, juntando a fome (Robson) com o medo de comer (Valmir). Dessa forma, quem já é favorito assiste de camarote à divisão no campo oposicionista. Também houve divisão em 2020, mas não se tratava de reeleição. Ficou claro ali que 65% do eleitorado não queria nem o “Passarim”, nem o “Soldadim”. Um detalhe definiu o vencedor. Se houvesse segundo turno, Alan I estaria no trono.

      Os números são muito preliminares e vão se acomodar quando ficarem mais claras as opções que o eleitorado vai ter para escolher. O prefeito não carrega desaprovação pessoal ou da sua administração, mas isso não lhe imuniza de desgastes que certamente virão do forte bombardeio a que será exposto. Terá, obviamente, os números que considera positivos em sua gestão, mas o ataque efetivo da oposição e a defesa efetiva do prefeito vão depender significativamente do trabalho de marketing, aquele que torna mais importante saber usar a arma do que seu calibre de fogo. E ver-se-á o tamanho da influência de personagens nacionais como o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma berinjela que estará na mesa da oposição e congelada no freezer da situação.

     Um personagem não poderá ser ignorado e não é apenas por causa da sua conhecida força eleitoral, o deputado Eduardo da Fonte. Por enquanto hiberna, mas já deixou suas pegadas. Também prometeu para perto das convenções uma conversa com a imprensa, para passar a limpo o rompimento das núpcias eleitorais que contraiu  com o então candidato Fábio Aragão em 2020. Além dos esclarecimentos, há algo que ficará pendente até 5 de agosto: o deputado vai sucumbir à possibilidade de duas candidaturas da oposição, consolidando assim o favoritismo do prefeito ou agora que o Verde já era vai enfiar goela abaixo de Robson uma indigesta melancia branca? Se não cumprir a promessa de dificultar a vida do prefeito, Da Fonte será tão derrotado quanto os dois pré-candidatos que vão desafiá-lo. Há disposição do grupo Azul para uma composição, inclusive sem pré-condições (como Robson dizia: “não serei vice nem da minha mãe”), mas exige um nome tão viável quanto o da ex-deputada Alessandra. Quem sabe um tertius. Na cadeia alimentar eleitoral, Robson “jantou” os verdes, mas pode ser degustado pelo chefão do PP até o dia 5 de agosto.

Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.