Uma CPI para investigar o ex-motorista de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, ameaça gerar turbulências no futuro governo.
A proposta está para ser apresentada na Câmara Federal e se for instalada muita coisa poderá aparecer para complicar a vida do presidente eleito em outubro passado.
O governo ainda não começou, já está enrolado nesse tipo de história e as propostas apresentadas até agora pela equipe não são muito animadoras.
O futuro ministro da Cidadania, Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social, Osmar Terra, propôs limite para venda de bebidas alcoólicas no Brasil.
A medida visa combater a violência, mas pode ser uma gota no oceano, num país em que mais de 60 mil homicídios são cometidos por ano.
Segundo o jornalista paulista Ricardo Kotscho, quando a Lei Seca foi adotada nos Estados Unidos, no início do século passado, o que permitiu foi a ascensão de Al Capone, uma espécie de Rei do Crime dos states.
No Brasil também muitos poderiam ganhar com a limitação da venda das bebidas, indústrias iriam à falência e o desemprego aumentaria em determinados setores.
Já o super ministro Paulo Guedes, que vai comandar a economia no novo governo, ameaçou cortar 30% dos recursos do Sistema S (Sesi, Sesc, Senai e Senac), podendo levar essas instituições à bancarrota.
De acordo com empresários e veículos da imprensa que noticiaram o fato, o corte significaria o fechamento de 1,1 milhão de vagas em cursos profissionalizantes, só do Senai, em 162 escolas do sistema.
Jornalista Reinaldo Azevedo, na Folha de São Paulo, escreveu que o Sesi teria que fechar 468 mil vagas do ensino básico e de educação para jovens e adultos.
A insanidade também atingiria o Sesc de São Paulo, o maior polo cultural do país, que no ano passado investiu o equivalente a dois terços da despesa do Ministério da Cultura, extinto por decisão de Jair Bolsonaro.
Como o país vai sair do buraco limitando o uso de bebidas, acabando com o Sesc, Senac e o Sesi ainda não dá para saber. Vamos aguardar.
Deus queira que não inventem de imitar Fernando Collor, que também foi eleito como Salvador da Pátria (era o Caçador de Marajás) e iniciou o governo sequestrando o dinheiro da população, inclusive da poupança dos pobres.
Precisamos de uma boa reza. Ou que coloquem um pouco de juízo na cabeça de alguns ministros, como a senhora Damares Alves, que vai comandar a pasta de Direitos Humanos e que assombrou o mundo ao contar a história de que viu Jesus Cristo num pé de goiaba.
Pouca gente levou a sério dona Damares e teve gente até que brincou: Será que não foi num pé de manga ou numa jaqueira?
Como diz o José Simão, cada vez mais certo, o Brasil é “o país da piada pronta”.
*Na foto da Veja o futuro manda chuva da economia, Paulo Guedes, que numa conversa com empresário revelou a intenção de "passar a faca no Sistema S".