Bolsonaro anunciou nesta terça, dia 25, que fará parcerias com Israel para beneficiar o Nordeste com projetos de dessalinização de água.
Em seu perfil no Twitter, o sujeito afirmou que o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, aquele que vendia “travesseiros da Nasa”, visitará em janeiro plantações e o escritório de patentes no país do amigo Netanyahu.
Segundo a marquetolagem, em janeiro será implantada na região uma instalação piloto.
As empresas israelenses vão faturar bonito.
Essa técnica, que Bolsonaro quer fazer crer que é inédita e de outro mundo, é conhecida no país.
Matéria de 2014 do G1 dizia que o sistema estava em uso em nove estados:
O repórter Alessandro Torres foi experimentar a água tratada no sertão do Ceará.
Cercada pelo mar, Fernando de Noronha ainda depende da chuva para o abastecimento. Ao todo, 40% da água consumida na ilha vêm de açude e de poços. Por isso, chegou a enfrentar um racionamento no começo do ano.
Isso não aconteceria se todo o abastecimento viesse do sistema de dessalinização, que tira o sal da água do mar, e é responsável por 60% do que chega às torneiras.
O mesmo processo é usado em comunidades no sertão do Ceará, onde a água do subsolo é salobra. Neste caso, a água dos poços é bombeada para o dessalinizador, que usa membranas para reter o sal.
Antes do dessalinizador, Dona Maria precisava comprar água que consumia. “A gente descobriu um santo para cobrir outro”, diz.
A cada hora de funcionamento a máquina elimina o sal em até mil litros de água. A medida em que isso acontece ela vai sendo depositada em uma caixa e, depois, já está prontinha para o consumo. Água limpa como uma água mineral mesmo.
Mas, as membranas que separam o sal da água exigem manutenção constante. Hoje, o custo da dessalinização é cinco vezes maior que o da produção de água tratada, que é de R$ 0,33 a cada mil litros.
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