Quando o
pernambucano Gustavo Krause foi nomeado Ministro da Fazenda, no Governo Itamar
Franco, foi completamente achincalhado pelos grandes jornais de São Paulo e do
Rio de Janeiro. Paulo Francis, que então escrevia uma coluna distribuída nos
principais veículos impressos do País e fazia comentários na TV Globo, bateu
pesado no ex-governador, colocando em dúvida sua capacidade de comandar uma
pasta tão importante.
Foi
tamanho o menosprezo de Francis com Gustavo, Pernambuco e os nordestinos, que o
Jornal do Commercio do Recife se sentiu ofendido e no dia seguinte ao artigo
anunciou aos leitores que não publicaria mais a coluna do conhecido jornalista.
É
importante relembrar esse fato para que o leitor veja como o preconceito vem de
longe e atinge até pessoas testadas e aprovadas na vida pública. Krause foi
prefeito do Recife, vice-governador, governador, deputado federal, é advogado e
consultor de empresas. Mas foi considerado uma espécie de “peão bronco” pelos
sudestinos só por ser de Pernambuco e do Nordeste.
Felizmente
depois disso as coisas mudaram, pelo menos em relação a indicação de
pernambucanos para o Ministério. Nos últimos governos passaram pelo primeiro
escalão do Governo Federal, em Brasília, personagens como Marco Maciel, Marcos
Freire, Fernando Lyra, Ricardo Fiúza, Raul Jungmann, Humberto Costa, Eduardo
Campos, Joaquim Francisco, José Jorge e José Múcio Monteiro.
Agora
será a vez do senador Armando Monteiro.
Felizmente
que nenhum desses nomes despertou a fúria da imprensa do centro sul, como
aconteceu com Gustavo, pai da vereadora do Recife e deputada estadual eleita
Priscila Krause.
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