Encerramos a semana do aniversário da morte de Jesus Cristo. Oportunidade para reflexão e pedir perdão de nossos pecados. A Sexta-Feira Santa, por lembrar morte, deixa-nos certa dose de tristeza, mas já no Domingo da Quaresma somos exortados a viver nova alegria, quando comemoramos a Ressurreição do Messias.
Viver com Jesus obriga-nos a uma serie de deveres: cumprir as regras morais e religiosas; além daquela advinda do ordenamento jurídico. Vale lembrar que Jesus, tinha um projeto de mudança, mas não renegava as Leis dos Romanos,quando em muitas oportunidades os adversários tentaram colocá-lo contra o povo daquela época, nosso Mestre respondia com energia aos sábios: “Dar a Cesar o que é de Cesar”. “Que joguem a primeira pedra aqueles que nunca pecaram.” Para em seguida, dizer àquela criatura massacrada, humilhada acusada de adultério: “Vais embora e não peques mais.” Jesus já pregava e praticava a Justiça Restaurativa.
Não damos importância ao Evangelho de Jesus Cristo, pois na Semana Santa tocamos os sinos da hipocrisia, enchemos as redes sócias de falsos conhecimentos, quando apoiamos a Emenda Constitucional que altera a idade mínima, que só servirá para encher de crianças pobres as masmorras brasileiras. Para quem não lembra: masmorra, segundo os melhores dicionários é uma prisão subterrânea ou um aposento lúgrube, sombrio e triste.
Parece que somos uma sociedade que “emocionamo-nos com as ficções e damos uma banana para a realidade.” A frase entre aspas é Lenio Luiz Streck, Advogado e Jurista, que em 23/01/2014, denunciava as condições desumanas dos presídios brasileiros, especialmente o de Pedrinhas, no Maranhão.
Toda Sexta-Feira da Paixão nos emocionamos com as cenas da crucificação de Jesus, mas não choramos quando pretendemos levar para a cadeia crianças pobres crucificadas por excessiva concentração de renda e onde os governantes se apropriam da Petrobras, como instrumento de perpetuação no pode. Antes de criticar, reflita!
Antonio Martins de Farias é Advogado e norte taquaritinguense.
Junior, obrigado por publicar meu artigo. Isso me deixa muito feliz.
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