Oscar de Melhor Filme, na premiação de 2016, “Segredos Revelados” é uma produção que enaltece o bom jornalismo e toca o “dedo na ferida” num dos maiores problemas da Igreja Católica: a pedofilia.
Com direção de Tom Mccarthy e tendo no elenco atores conhecidos como Michel Keaton e Mark Rufallo, “Segredos Revelados” aborda a investigação do jornal americano “The Boston Globe” sobre os abusos sexuais cometidos por centenas de padres ao longo dos anos, acobertados pelo arcebispo Bernard Law.
Denúncias chegavam ao jornal de Boston, mas não eram aprofundadas devidamente, muitas vezes rendiam apenas uma nota que passava desapercebida. Até que três repórteres de origem estrangeira resolveram encarar a questão e produziram matérias que desvendaram um dos maiores escândalos da Igreja Católica em todos os tempos.
Sacerdotes foram punidos, papas pediram desculpas, mas parece que muito ainda há de ser feito para que os crimes cometidos pelos religiosos não se repitam.
Conforme apuraram os jornalistas e está no filme, os padres abusavam especialmente de crianças em situação vulnerável (os mais pobres).
Quando um assunto destes – a pedofilia – chega a Hoollywood e ainda mais com um filme que é escolhido como “o melhor do ano”, significa que a Igreja e a Sociedade precisam estar em alerta.
O papa Francisco, que tem adotado uma postura diferente de seus antecessores, certamente irá conferir “Segredos Revelados” e quem sabe enfrentará ainda com mais rigor os padres que abusam de menores de idade.
Cinema é diversão e arte. E quando aborda um assunto como este se torna também um forte instrumento político, a serviço do bem comum.
Palmas para a Academia de Hollywood.
*Na foto o verdadeiro cardeal Law, que já se aposentou e que foi proibido pelo papa Francisco de visitar uma basílica no Vaticano, logo no início do seu pontificado. Segundo os relatos da imprensa o ex-arcebispo de Boston acobertou crimes de 250 padres num período de 18 anos.
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