Ciro Gomes disse outro dia que a Câmara Federal era um sindicato de ladrões. O político cearense parece ter razão, pois cada notícia vinda daquela casa legislativa, corroboram com essa tese. Parlamentares comprometidos e patrocinados por grandes corporações, com certos setores de classe representam quase tudo, menos o povo, que teoricamente deveriam representar. O chefe da quadrilha, segundo Ciro, é justamente o presidente da casa Eduardo Cunha, e assim como um traficante dono da “boca”, que mesmo preso continua mandando em sua área, Cunha mesmo afastado, pela justiça e não por seus pares, continua dando as cartas na Câmara.
O colunista José Simão disse em seu blog no portal Uol que se gradear vira zoológico, se murar vira presídio, se cobrir com lona vira circo, se botar lanterna vermelha vira puteiro e se der a descarga não sobra ninguém.
Podemos lhe tirar a razão, com esse nível de parlamentar, ou “para lamentar”, como bem disse o bispo de Juazeiro do Norte, Dom Manuel Edmilson da Cruz, ao rejeitar uma homenagem do senado em 2010, após os senadores terem votado um aumento de mais de 60% para si próprios?
Agora um dos chefes da súcia está ameaçando o colega. Sem pudores ou mesmo um mínimo de constrangimento, Eduardo Cunha, mandou seu recado ameaçador ao golpista Michel Temer. Disse Cunha: se eu cair, saio atirando e levo comigo 150 deputados, um ministro e um senador.
A informação foi publicada na coluna de Andreza Matais e Marcello de Moraes, no Estado e reproduzida pelo site 247:
Quem recomenda ao evangélico Eduardo Cunha que renuncie à presidência da Câmara ouve um palavrão e a explicação de que, se o fizer, será preso. O interessante é que o político carioca vive a usar o nome de Deus em vão, e é tido como um homem de fé, pelo não menos picareta Silas Malafaia.
Na semana passada, Cunha temia ser preso. Sua esposa Cláudia Cruz, ex-funcionária da Rede Globo, se tornou ré, em Curitiba, ao alcance do juiz Sergio Moro, e uma nova denúncia contra ele foi oferecida.
Em editoriais publicados neste fim de semana, Globo e Estado de S. Paulo cobraram de Temer que não faça nenhum gesto para salvar seu principal aliado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, registrar E-mail