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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Algaroba. A planta que provoca prejuízos ambientais


Prosopis juliflora é uma árvore, da família Fabaceae, vulgarmente conhecida no Brasil como Algaroba. Está espécie de planta é Nativa do México e Caribe e se tornou invasora em vários continentes, como: África, Ásia, Oceania e América do Sul, onde ocupa densas áreas, muitas delas de elevado interesse ambiental e ecológico como as Matas Ciliares. Estima-se que a zona ocupada por esta espécie tenha triplicado de tamanho nos últimos 5 anos.

A Algaroba cresce em média 12 metros de altura e apresenta tronco com diâmetro de 1,2 m. Ela tem folhas caducifólias, bi-pinadas compostas de 12 a 20 folíolos e de coloração verde claro. As inflorescências são hastes longas (5 a 10 cm de comprimento), de formato cilíndrico, coloração verde e amarelo e ocorrem em grupos de 2 a 5 nas extremidades dos ramos. Vagens com 30 cm de comprimento. Cada vagem contém entre 10 e 30 sementes.

Uma árvore madura pode produzir mais de 1000 sementes por floração. As sementes são o principal meio de propagação da invasora (considerado por muitos pesquisadores como o principal problema para o controle de maciços populacionais da espécie). O principal disseminador são rebanhos e outros animais que se alimentam de suas vagens. Possui raízes profundas, elevado consumo hídrico e produção de espinhos em seus nós.

Devido aos seus diversos usos P. juliflora foi empregada durante as décadas de 60 e 70 em vários países como uma "falsa salvadora", tornando-se invasora alguns anos após a sua introdução. É considerada uma ameaça em potencial para o ambiente e economia dos seguintes países: África do Sul, Austrália, Etiópia, Havaí, Índia, Jamaica, Nigéria, Oriente Médio, Sudão Senegal, Somália, Sri Lanka e Sudão. Ela também é uma das principais plantas exóticas invasoras no sudoeste dos Estados Unidos e nordeste do Brasil.

A planta apresenta controle difícil e dispendioso, uma vez que a espécie pode regenerar a partir das raízes. Ela coloniza extensas áreas e provoca impactos ambientais graves nos ecossistemas onde ela se encontra. Em função do seu hábito de crescimento agressivo, forma densas populações, que impedem a movimentação da fauna, sobretudo, no que se refere ao acesso a fontes hídricas, como rios, córregos e mananciais. Ela também altera os cursos de água, e reduz o nível do lençol freático, em função da sua elevada demanda hídrica. 

Atualmente centros de pesquisa de diversas Universidades se preocupam em delimitar estratégias para o seu controle, através de medidas físicas, químicas e também biológicas. Contudo, ainda não há nenhum resultado conclusivo e de pronto uso.

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