Bolsonaro tem sido o principal personagem da imprensa de domingo passado para cá.
Tudo começou com uma reportagem da Folha de São Paulo revelando que o deputado federal e seus filhos enriqueceram depois que entraram na política.
Em seguida o mesmo jornal e outros veículos de comunicação informaram que Jair Bolsonaro tem uma funcionária lotada em seu gabinete desde 2003, recebendo pouco mais de mil reais por mês, mas que na verdade vende açaí numa cidade bem distante de Brasília.
O marido dessa senhora seria caseiro do deputado.
Por último saiu uma declaração espantosa do pré-candidato a presidente: Ele revelou, em entrevista gravada, que num período em que estava solteiro usou dinheiro da Câmara Federal para “comer gente”.
Certamente ele não quis dizer que é um canibal e sim que levava para a cama muitas mulheres, graças ao dinheiro público farto e fácil.
As revelações feitas pela imprensa nacional desconstroem a imagem de mito que estava sendo forjada. Mostra que Bolsonaro é igual a muitos outros políticos, não é honesto nem sério como vem apregoando aos quatros cantos, conseguindo seguidores em todo país.
LUIZE VALENTE |
JORNALISTA - Mas sério, no entanto, sobre Jair Bolsonaro, são as considerações da jornalista e escritora brasileira Luize Valente, que está em Portugal lançando um livro sobre o campo de concentração nazista de Auschwitz.
Ela vê muitas semelhanças entre a trajetória de Adolf Hitler, na Alemanha dos anos 30, do século passado, e a caminhada política de Bolsonaro no Brasil de hoje.
“Como Hitler, o deputado brasileiro se revela nacionalista, defende um regime militar de torturadores, discrimina mulheres, negros e homossexuais”, lembra Luize Valente.
Segundo ela, quando Bolsonaro entrou na disputa presidencial, como uma figuracaricata, as pessoas riam dele. Mas hoje tem um número de seguidores cada vez maior pela falta de opções, uma vez que o nome mais forte nas pesquisas, o ex-presidente Lula, pode ser inviabilizado eleitoralmente pela justiça.
Luize Valente acredita que nunca houve um período tão terrível como este que o país está passando, com uma grande crise econômica, política e social. "No Brasil, estamos num momento de muito medo e de estagnação. Eu percebo todo mundo assim", acrescentou.
Ela acrescenta: "Assusta-me muito. Bolsonaro é uma ameaça muito real para nós. Ele teve um grande crescimento individual, tem um público eleitor jovem. São homens de classe média, que têm acesso à informação, mas que optaram por aceitar o discurso retrógrado de Jair Bolsonaro", afirmou.
No caso de uma vitória de Jair Bolsonaro, na eleição deste ano, o Brasil poderia ter novamente uma ditadura com respaldo militar. “Ele não é uma pessoa democrática”, observa a jornalista.
*Fotos: 1) Bolsonaro com um cartaz em que é comparado a Hitler (G1); 2) Escritora Luize Valente (Escrev´Arte).
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