Eraldo Ferreira, o Eraldo do PT, está convencidíssimo de que a candidatura de Marília Arraes tornou-se irreversível. Porque seu projeto é viável e ela chegou a 20% nas pesquisas, mesmo tendo problemas internos no próprio partido, porque ela tem o apoio das bases na Região Metropolitana e interior, porque no encontro de São Paulo, com o ex-presidente Lula, Marília recebeu o incentivo para continuar percorrendo o Estado de modo a fortalecer a sua pré-candidatura.
Prima do ex-governador Eduardo Campos e neta de Miguel Arraes, a vereadora do Recife traça uma trajetória parecida com a do jovem líder socialista, que morreu tragicamente num desastre de avião.
O quadro lembra o de 2006: Eduardo começou com 2%, tornou-se uma força e na reta final cresceu e foi para o segundo turno contra Mendonça Filho. Aí, com apoio de Humberto Costa, o terceiro mais votado, ganhou do representante do DEM com 1 milhão e 800 mil votos de frente.
Este ano, caso seja confirmada a candidatura de Marília, provavelmente ela irá disputar uma vaga num eventual segundo turno.
Se a petista for para uma disputa final contra o governador Paulo Câmara, tem tudo para receber o apoio de Armando Monteiro, a quem tem poupado nos discursos.
Caso Armando dispute o segundo turno contra o socialista, certamente terá o apoio da neta de Arraes.
Paulo Câmara, ao se entender com Humberto Costa e o ex-prefeito João Paulo, fez tudo para tirar Marília do caminho. Mas está cada vez mais difícil e ela só não será candidata se o PT de Pernambuco resolver optar pelo suicídio político.
Roberto Almeida
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