Aline Moura – Diario de Pernambuco
O senador Armando Monteiro Neto (PTB) procurou esfriar a temperatura de sua aliança, ontem, após o PSDB levantar a possibilidade de rompimento com seu grupo político e lançar candidatura própria ao governo do estado. Segundo ele, da sua parte nunca houve vetos ao nome do deputado federal Bruno Araújo (PSDB), que, por meio de carta divulgada no fim de semana passado, desistiu de concorrer ao Senado pela Coligação Pernambuco Pode Mais.
Bruno viajou a São Paulo, ontem, para conversar com o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, mas foi procurado por Armando e o senador garantiu que o diálogo se mantém aberto.
“Nunca, de minha parte, houve vetos a Bruno por conta disso ou daquilo. O que pode haver hoje ou amanhã são avaliações do que possa representar a estratégia mais adequada. Não houve vetos porque nós todos somos companheiros”, declarou.
Armando Monteiro voltou a dizer que apoiaria a candidatura presidencial de Lula se ele for realmente candidato, mas ressaltou não ter fechado as portas para o palanque de Alckmin, especialmente porque a maior parte dos partidos que lhe dão suporte defendem a pré-candidatura do ex-governador de São Paulo na disputa pelo Planalto.
“Isso é uma contradição? Não. Quando fui convocado, fui convocado porque as forças entenderam que eu poderia representar uma opção que agregasse. Eu posso ter tido, em algum momento, o papel de coordenação, mas não me cabe impor nada. Eu fui escolhido para representar esse grupo, todos eles sabendo da minha trajetória, da minha afinidade com Lula, que fui ministro de Dilma (Rousseff) e contra o impeachment. Se a opção fosse uma chapa pura, o candidato não poderia ser Armando”.
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