A ministra da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, esteve em Sergipe, esta semana, para receber o título de cidadã do Estado.
Visita, no entanto, não foi tranquila. Movimento de Mulheres de Sergipe fizeram muito barulho para mostrar que a ministra do Governo Bolsonaro não era bem-vinda e não merecia ser homenageada.
Confira o relato abaixo:
A Ministra Damares Alves não dormirá hoje (02 de maio de 2019), e se arrependerá de ter pisado os pés em Sergipe, apesar de ela dizer em entrevista que pretende morar aqui.
Um grupo de mulheres e também jovens homens desestabilizaram a cerimônia de entrega de título de "cidadã" sergipana para ela. Não demos trégua, do início ao fim do ato.
Ela adentrou o Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe - ALESE debaixo de vaias, cartazes e faixas com frases expressando nosso protesto, palavras de ordem de "fora Damares"; "não nos representa"; "em defesa de todas as vidas"; "não existe vida sem democracia"; "Sergipe não elegeu Bolsonaro"; "machistas, fascistas não passarão"; "sua Bíblia não é nossa constituição", dentre outras.
Os discursos foram abafados pela manifestação do movimento de mulheres, inclusive o da Ministra, que foi inaudível e curto, caracterizando conclusão antes do previsto. Durante a solenidade distribuímos o Manifesto "Mulheres em Defesa de Todas as Vidas".
Ao término, gritamos Lula Livre e descemos da galeria de mãos dadas, bradando: ninguém solta a mão de ninguém! Já no hall de entrada deitamos os cartazes, fizemos uma roda e entoamos com muito gosto, em alto e bom som, o hino que caracterizou o movimento feminista no Ato Internacional do "Ele Não ", na campanha eleitoral de 2018, contra Bolsonaro.
"Uma manhã, eu acordei, e ecoava ele não, ele não, não, não! Uma manhã, eu acordei, e lutei contra o opressor! Somos mulheres, a resistência, de um Brasil sem fascismo e sem horror! Vamos à luta pra derrotar, o ódio e pregar o amor"! Quando nos juntamos, ninguém nos derruba! Um dia feliz, de força e resistencia! Só a luta nos garante! Até a próxima batalha! Grande abraço,
Pureza Sobrinha - União Brasileira de Mulheres - UBM/Sergipe.
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