“O Brasil está 100% falido e essa é uma falência antiga. Na proporção que o tempo passa, o Brasil desce de ladeira abaixo. As benesses só vão para os mesmos, para as mesmas empresas, para as mesmas pessoas”. Desta forma, o deputado Romário Dias (PSD) justificou a defesa da inclusão dos estados e municípios na Reforma da Previdência, durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (06).
“Essa Reforma da Previdência tem de ser feita em Brasília para valer em todos os lugares e, nos estados, nós (Poderes Legislativos) faremos as adaptações necessárias. O Brasil está envelhecendo e recai tudo sobre a previdência”, explicou o deputado.
De acordo com Romário, um dos problemas é a situação econômica delicada pela qual passam os estados e municípios. Ainda segundo o deputado, um dos agravantes deste quadro é o fato de as contratações de pessoal não superarem a quantidade de trabalhadores que se aposentam. “Um governo de estadual contratou quatro mil professores, mas foram aposentados cinco mil. Esses quatro mil não pagam as contas dos cinco mil. E para onde nós vamos? Buraco, buraco, buraco”, exemplificou.
Diante deste cenário econômico, o parlamentar também ressalta que “ninguém sabe o rumo que o Brasil irá tomar, caso a Reforma da Previdência não seja aprovada”. “Não tem outra saída. Se não fizer esta reforma, o Brasil vai perder, em dez anos, quase R$ 2 trilhões e vai entrar em um buraco negro que ninguém sabe onde vai parar. Além disso, não teremos recurso para fazer nenhum tipo de investimento para, por exemplo, recuperar as rodovias. Nós temos de nos preocupar com a geração que vai nos suceder, senão não teremos condições de sobreviver”, afirmou.
Romário recebeu apartes dos deputados Marco Aurélio (PRTB), Alberto Feitosa (SD) e Isaltino Nascimento (PSB). Segundo Marco Aurélio, se incluído no projeto que tramita em Brasília, Pernambuco terá um incremento de R$ 12 bilhões após a aprovação da Reforma.
Também favorável à inclusão do Estado na Reforma da Previdência, Alberto Feitosa pontuou que “a situação da previdência pernambucana é muito grave, pois a previdência do Estado consome, anualmente, 11,3% da receita corrente líquida, com dados de 2018”. “Nos mês de abril deste ano, triplicou, por exemplo, o número de policiais indo para a reserva e o numero de professores se aposentando. Então, esse 11,3% podem chegar a 15% da receita corrente líquida e não vai ter dinheiro, como já não está tendo, para comprar medicamentos, pagar os terceirizados contratados pelo Estado... vai piorar o quadro que já existe hoje”, detalhou. Já Isaltino Nascimento fez um contraponto relatando que apenas um setor irá ganhar com a reforma. “Só tem um setor no Brasil que irá ganhar com essa Reforma da Previdência: os militares do Exército, da Marin
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