Hoje Eduardo Campos, governador de Pernambuco por dois mandatos, estaria fazendo 55 anos. Um homem público como poucos, que se foi cedo, vítima de uma tragédia de avião.
Para marcar a data do aniversário do neto de Miguel Arraes, publicaremos durante toda esta semana artigos de jornalistas renomados de Pernambuco, a maioria com atuação na capital pernambucana.
Começamos hoje com texto de Ítalo Rocha Leitão, com quem trabalhei no início de minha carreira, no Diário de Pernambuco, que na época era o principal veículo de imprensa do Estado.
Ítalo, que foi assessor de Arraes, durante um tempo, trabalha na TV Globo Recife há muitos anos.
Segue o artigo do jornalista:
Este 10 de agosto de 2020 é uma data muito especial para os familiares e amigos de Eduardo Campos porque marca o aniversário de 55 anos de nascimento do ex-governador de Pernambuco.
Eduardo Campos formou-se em Economia pela UFPE aos 20 anos de idade. Dois anos depois, assumiu um dos cargos mais importantes da estrutura do governo de Pernambuco: a Chefia de Gabinete do governador Miguel Arraes, seu avô.
Em 1990, aos 25 anos, foi eleito deputado estadual, pelo PSB. Depois, elegeu-se três vezes deputado federal, foi secretário da Fazenda de Pernambuco, ministro de Ciência e Tecnologia, no governo Lula, e governador por dois mandatos.
Seu primeiro mandato de governador foi conquistado em 2006. Com uma administração aprovada por quase 90% da população, não teve a menor dificuldade para se reeleger.
Como governador, Eduardo deixou marcas que jamais se apagarão da memória do povo pernambucano, independentemente de coloração ideológica. Construiu UPAS e 3 hospitais na RMR (Dom Hélder, no Cabo, Miguel Arraes, em Paulista, e Pelópidas Silveira, no Recife). Incentivou a instalação de fábricas e de uma refinaria em Suape. E redirecionou a expansão industrial para o litoral Norte, Agreste e Sertão. E trouxe a fábrica da Jeep, inaugurada em Goiana no governo do também socialista Paulo Câmara. Eduardo também Implantou um dos programas mais inclusivos da história educacional de Pernambuco: o “Ganhe o Mundo”, que leva estudantes pobres para estudar no exterior - façanha que quase nenhum pai de família de classe média consegue fazer.
Porte atlético, alto, elegante, olhos verdes, tinha um carisma pessoal contagiante e gostava de narrar histórias engraçadas do meio político. Comparecia a aniversários, batizados, casamentos, velórios, enterros….sempre com o intuito de reforçar as alegrias dos que comemoravam alguma data ou confortar e consolar os que sofriam alguma perda. Morreu tragicamente na manhã de uma quarta-feira, 13 de agosto de 2014, num acidente de avião, em Santos, no litoral paulista, quando percorria o Brasil na condição de candidato à Presidência da República, pelo PSB.
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