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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

E JÁ ESTAMOS NO ANO DA ELEIÇÃO

 


Por Roberto Almeida

Somos sobreviventes. Deixamos pra trás 2021, que levou amigos, parentes, pessoas queridas, famosos, anônimos, milhares, em todas as regiões do país.

Chegar em 2022 é uma bênção, um privilégio. Por alguma razão o Criador chamou uns e nos deu mais um tempo.

O mundo inteiro sofreu (e ainda sofre) por conta do vírus. Mas no Brasil a situação é mais delicada, em relação a outros países, por conta do negacionismo do presidente da República, que se portou muito mal diante da gravidade da situação.

Não à toa, a sua popularidade despencou. Os eleitores estão convictos de que o dirigente político brasileiro não combateu como devia a doença, é responsável pelas dificuldades econômicas, e pelo menos até o momento não se mostram dispostos a dar-lhe mais quatro anos de mandato.

Já estamos, caros leitores e leitoras, no ano da eleição.

Vamos às urnas daqui a menos de 10 meses para escolher os novos deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores dos estados e o presidente da República.

Os pré-candidatos mais conhecidos são Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos) e João Dória (PSDB).

Apenas o ex-presidente e o atual governante aparecem em todas as pesquisas com índices expressivos.

Ciro, apesar de ter sido governador bem avaliado no Ceará, ministro de Estado e candidato a presidente mais de uma vez, tem menos de 10% das intenções de voto, parece estar sendo punido pelo eleitor pelo excesso de verborragia e pela sua atitude em 2018, quando foi para Paris enquanto no Brasil uma disputa colocava de um lado o professor universitário Fernando Haddad e do outro o capitão reformado do exército Jair Messias Bolsonaro.

O ex-juiz Sérgio Moro trocou a toga pela política, foi ministro do presidente que ajudou a eleger, muitos o tiveram durante um tempo como uma espécie de super herói, mas desmascarado por um hacker, por parte da imprensa e julgado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal perdeu prestígio e hoje menos de 10% dos brasileiros acreditam nele.

João Dória, governador do mais importante estado brasileiro, paga o preço de ter traído Geraldo Alckmin, de ter se aliado a Bolsonaro e de pertencer a um partido que já foi de centro esquerda e atualmente está em descrédito, por conta de figuras como o próprio político paulista e o mineirinho Aécio Neves.

Os outros nomes nem vale à pena citar, porque têm no máximo 2% em todas as pesquisas, são irrelevantes.

O Brasil, confirmadas as eleições (sim, sempre há risco de golpe em países da América do Sul), terá de decidir mesmo entre Bolsonaro e Lula. As chances de Ciro e Moro são remotíssimas.

Esse quadro ainda pode mudar, claro, mas é pouco provável.

O petista tem defeitos, como todo político e ser humano. Não há dúvida, porém, que é mais preparado que o capitão, tem sentimento de povo, é respeitado internacionalmente e apesar da idade avançada é uma esperança em meio ao desalento provocado por um governante incompetente, insensível e sem noção.

Dentre os candidatos colocados até o momento eu fico tranquilamente e conscientemente com aquele preferido até o momento pela ampla maioria dos brasileiros.

Espero que em outubro o Brasil realize eleições democráticas, livres e o povo tome o destino nas mãos, recolocando o país nos trilhos. 2018 foi um acidente de percurso, diversas forças políticas contribuíram com o equívoco, que começou com o golpe parlamentar-jurídico-midiático de 2016. Está na hora de corrigir o erro.

Feliz Ano Novo, sobreviventes da tragédia de 2021.

Um comentário:

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