Decisões tomadas pela governadora Raquel Lyra, nos primeiros dias da gestão, têm causado confusão no Estado, principalmente entre os servidores.
O jornalista Mário Flávio publicou hoje a seguinte matéria, mostrando a repercussão de decretos assinados pela governadora do PSDB:
Há dois dias a frente do Palácio do Campo das Princesas, a governadora Raquel Lyra já está enfrentando a sua primeira crise no governo. Decisões da tucana tem afetado secretários do governo municipal de Recife, servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e o Ministério Público do Estado (MPPE).
A governadora, que esteve a frente da prefeitura de Caruaru por mais de cinco anos, publicou, nesta terça-feira (03), uma determinação de que servidores cedidos pelo o Estado ou licenciados voltem aos seus órgão de origem. Essa atitude de Raquel atingiu diretamente o secretariado do prefeito de Recife, João Campos (PSB).
Isso por que o secretário de Educação da capital, Fred Amâncio, e a secretária de Finanças, Maíra Fischer, são efetivos do Estado. Por tanto, Fred Amâncio vai ter que se apresentar à secretaria da Fazenda. Já Maira Fischer vai voltar a secretaria de planejamento. Os dois tem até cinco dias para voltar aos órgão de origem.
Além de atingir o primeiro escalão da prefeitura do Recife, outra instituição afetada pela a tucana é a Corte de Contas. Mais de 80 servidores da Corte são cedidos do Executivo estadual. Com a volta desses trabalhadores ao Estado, o trabalho do TCE-PE seria totalmente afetado.
O presidente do TCE-PE, Ranilson Ramos, afirmou à Folha de Pernambuco que vai pedir a gestora estadual que ceda novamente esses cargos porque existe um convênio entre a Corte e o Governo estadual.
DÚVIDA
Alguns servidores estão sem entender esse decreto da governadora. Eles afirmam que há uma ambiguidade no decreto publicado nesta terça. O problema, segundo os servidores atingidos, está no artigo 2º do decreto onde diz que “Revogam-se todas as cessões de servidores públicos integrantes do quadro de pessoal efetivo da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Estadual. Parágrafo único. Os servidores cedidos entre órgãos e entidades da administração pública estadual deverão se apresentar, no prazo de 5 (cinco) dias, nos respectivos órgãos de origem“.
A governadora não fez nenhuma ressalva aos servidores cedidos ao TJPE, TCE, MPPE, Defensoria e Prefeituras. Ao revogar as cessões, a governadora pode, em tese, ter prejudicado o funcionamento regular destes órgãos e poderes que têm autonomia e não estão subordinados à governadora.
Agora é aguardar se haverá alguma explicação por parte do Executivo estadual ou se após publicação vai seguir sem ao menos dialogar com esses servidores. Estamos no aguardo pelo os próximos capítulos.
A repercussão das medidas levaram a Secretaria de Comunicação do Governo a divulgar uma nota, que está publicada abaixo.
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