É uma situação inédita e estranha a que vive o PT do Recife.
O Partido dos Trabalhadores, que na década de 80 tinha uma
meia dúzia de abnegados e poucos votos, chegou ao poder com João Paulo, que
derrotou o então imbatível Roberto Magalhães.
O ex-operário fez uma gestão aprovada inteiramente pela
população. Tanto que se reelegeu com grande votação, derrotando Joaquim
Francisco, que até os anos 90 era quase um mito na capital.
João Paulo, graças as inúmeras obras por toda cidade,
aliadas a muito carisma, elegeu o “intragável” João da Costa, natural da
pequena Angelim, localizada a pouco mais de 20 de Garanhuns.
Venceu, mas não levou, porque o João apenas sentou na
cadeira de prefeito deu as costas a seu padrinho político.
O atual prefeito da capital pernambucana faz uma gestão
muito aquém daquela do seu antecessor, conseguiu a antipatia das principais
lideranças do partido e por isso mesmo no cargo querem lhe negar o direito de
disputar a reeleição.
Possivelmente será queimado pela direção nacional do PT,
substituído como candidato pelo senador Humberto Costa, que poderá devolver aos
petistas a esperança de continuar dando as cartas no Recife.
A situação é complicada porque a democracia do PT é
estranha. É democracia demais (alguns chamariam de esculhambação), com uma pitada do anarquismo e do autoritarismo
stalinista.
Como nem o Lula apóia o João da Costa é provável que ele vá
dançar e o partido sofrerá um grande racha na capital.
Caso a oposição tivesse um nome forte para disputar a eleição,
a prefeitura já estaria perdida para o PT recifense.
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