Numa
conversa entre amigos, o assunto homossexualidade entrou em questão. Um
deles exclamou: todo mundo diz que respeita os homossexuais, mas
ninguém queria ter um filho homossexual! Ou seja, se você respeita, se
você acha normal, por que você não queria que um filho seu fosse
homossexual?
Se
você responder que não queria ter um filho homossexual, para muitas
pessoas, isso mostraria que você não respeita e não acha normal, já que
não queria isso pra um filho seu. Se você responder que queria ter um
filho homossexual, provavelmente não vão considerar sua resposta. É bem
possível que zombem de você, que você seja chamando de louco, de
hipócrita, de está mentido para não sair perdendo na discussão.
Eu,
particularmente, respeito os homossexuais. Cada pessoa é livre para
fazer o que quiser de sua vida, desde que não prejudique aos outros.
Deixo claro que defino homossexual alguém que se relaciona com alguém do
mesmo sexo, seja no sentido sexual ou conjugal.
Se
eu queria ter um filho que fosse homossexual? Não, não queria. Ora, se
respeito, se não vejo problemas, por que não queria que um filho meu
fosse homossexual? Estou me contradizendo? Não mesmo!
Eu
não queria que um filho meu fosse homossexual por que muito
provavelmente ele seria vítima do preconceito. Ele seria alvo de piadas,
agressões físicas e morais, vindas de ignorantes que dizem respeitar,
mas que ao verem passar um homossexual o chamam de bicha, de sapatão ou
qualquer outro termo pejorativo. Isso sem falar quando espancam ou mesmo
matam.
Eu
não queria que um filho meu fosse homossexual pelo simples fato de que
ele iria sofrer muito com isso, e não pelo fato de ser homossexual em
si.
Se
você vivesse numa época em que pessoas com olhos azuis fossem alvos de
preconceito, você queria ter um filho de olhos azuis? Se você vivesse
numa época em que pessoas baixinhas fossem alvos de agressões morais e
até físicas, você queria ter um filho de baixa estatura? Eu não queria.
Não pelos olhos azuis ou pela baixa estatura em si, mas pelo que meu
filho iria sofrer por isso.
O
correto é querer ter um filho inteligente, saudável, pacífico. E isso
independe da orientação sexual, como incontáveis evidências mostram.
(Carlos Wilker)
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