PRONUNCIAMENTO 07.03.2013 – Análise do período legislativo.
Quero, inicialmente, agradecer a DEUS pela grande oportunidade de ser vereador e de estar aqui a serviço do querido povo do município de Taquaritinga do Norte, a quem devo este mandato e a quem tenho que dar satisfação da minha atuação política nesta nova função, de imensa responsabilidade.
Tenho certeza que os desafios, as barreiras, as perseguições, serão sempre incentivo para que eu lute e consiga fazer um bom mandato, com a tranqüilidade que DEUS me deu e com a paciência que tem sido minha grande companheira durante a vida pública.
Aqui no Legislativo, ao término deste período de dez sessões, vi acontecer muitos fatos que demonstram o conhecimento e engrandecem os que aqui cumprem mandato. Vi muitos requerimentos que estão rigorosamente sintonizados com a população.
Vi e ouvi também mentiras, bajulações e fatos desagradáveis. Vi o prefeito fazer um discurso recheado de factoides, de invenções. Vi o regimento interno, da Câmara, ser descumprido. Fui vítima de um verdadeiro apartheid, indo de encontro aos princípios democráticos, quando da formação das comissões, a oposição, a minoria, não ter sido contemplada com a direção de uma delas, ato digno dos períodos de Ditadura. E mais radical ainda, em ato discriminatório, deixar o meu nome fora de todas as Comissões da Casa, sem qualquer consulta aos nossos pares da oposição.
Recebi provocações da Senhora Presidenta, quando raivosamente disse, com o intuito de me atacar, que o progresso chegou à Taquaritinga a partir de 2001. E a última reunião falou: “Quero dizer a todos o seguinte: uma coisa é você ser gestor e a outra coisa é ser vereador e, muito mais, ser de oposição. Você vê tudo que precisa ser feito, mas quando gestor deixou alguma coisa para fazer”.
Ora, Senhora Presidenta e Senhores Vereadores, só quem foi gestor aqui fui eu e, em todos os cargos que fui gestor e ordenador de despesas, quando saí ficou o que fazer, seja na prefeitura, no FUNTEPE e em outros cargos que ocupei, mas exerci todos com dignidade e a Senhora sabe que aqui em Taquaritinga tem gente que foi gestor e envergonhou o povo do município, sendo condenado por “Corrupção Eleitoral” em todas as instâncias de Justiça Brasileira.
Não gostaria de tratar deste assunto aqui, mas sinto-me obrigado, pois não fui eleito vereador para estar aqui ouvindo lorota de quem quer que seja.
Senhora Vereadora e Senhores Vereadores, estamos vivendo momento de extrema crise, por conta da seca e o atual prefeito, pregando uma bonança que não existe, parece não estar nem aí... com os efeitos da seca. O turismo não sai da estaca zero, a saúde e a educação têm indicadores de avaliação lastimáveis, enquanto vivemos uma falta d’água tremenda. Não vemos ações que possam resolver o emergencial, mas enquanto Taquaritinga sucumbe nesta administração, prevalece a arrogância e a prepotência do prefeito do município.
Recentemente fez uma reunião com funcionários, para dar vazão a sua ira e espírito perverso e perseguidor. Chamou funcionário de fuxiqueiro, disse que já botou três efetivos para fora e ameaçou dizendo que tem mais para botar. É assim o modelo executivo de governar do grupo que está aí no poder.
O mesmo gestor, no dia 15 de janeiro, na residência de um correligionário, humilhou pessoas que o ajudaram a ser prefeito. E, assim, vai envergonhando e criando, um casta, que tem se beneficiado dos recursos da prefeitura municipal.
O discurso do prefeito é o da incoerência. Na sua posse, disse que tinha conseguido elevar as receitas do município e que, por isso, aumentou o duodécimo da Câmara. Hoje prega que não tem dinheiro, mas realizou o maior estelionato eleitoral da história do município. Fácil saber, o relatório de gestão do segundo quadrimestre de 2012 – ano eleitoral – foi rejeitado pelo Tribunal de Contas, pois a prefeitura municipal gastou acima de 60% com pessoal, quando o máximo permitido é de 54%.
Ou seja, no popular, o prefeito encheu a prefeitura de contratados, apenas com o intuito de benefício eleitoral. Tanto é que, após as eleições, num ato ditatorial, fez muitos contratados trabalharem sem receber salários, na esperança de retornarem ao trabalho com o salário a partir de 2013.
Mais uma vez, passando gato por lebre. Viajando na maionese, disse aqui que não sabia o que estava acontecendo em Gravatá do Ibiapina. Pois bem, ficou sabendo, e desde aquele dia, a situação da Vila só piorou, pois agora não está chegando nem água salgada para o povo.
Todos os projetos que o prefeito mandou, totalizando sete, vieram em regime de urgência. O que, de certa forma, é um desrespeito. Pois, desta forma, praticamente vai a Plenário sem as devidas discussões anteriores, tarefa que é própria do Parlamento. Discutir é o trabalho mais nobre que podemos fazer, porém fomos impedidos de fazê-lo. Fiz questão de verificar os projetos um a um. Este primeiro período avaliamos, humildemente, como apenas sofrível o desempenho da Casa.
Senhoras e Senhores, rogo à DEUS que o prefeito tome um banho de humildade e que, neste período, em que o povo cristão celebra a paixão e morte de Cristo, o espírito cristão possa penetrar em todos nós e ao voltarmos para o próximo período, tenhamos a atitude de fazer sempre o que for bom para o próximo. Principalmente, pelos mais necessitados.
Concluo com uma citação do saudoso e grande brasileiro Ulisses Guimarães: “Política não se faz com ódio, pois não é função hepática. É filha da consciência e irmã do caráter, hóspede do coração. Eventualmente, pode até ser açoitada pela mesma forma com que JESUS CRISTO, o político da paz e da justiça, expulsou os vendilhões do Templo. Nunca com a raiva dos invejosos, maledicentes, frustrados ou ressentidos. Sejamos fiéis ao evangelho de Santo Agostinho: ódio ao pecado, amor ao pecador. Quem não se interessa pela política, não se interessa pela vida”.
Obrigado, Boa noite a todas e a todos.
Jânio Arruda da Silva.
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