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sexta-feira, 23 de maio de 2014

O PATRÃO CONTRA O COBRADOR DE IMPOSTOS

O clima esquentou esta semana entre os partidários do socialista Paulo Câmara e do petebista Armando Monteiro, que disputam o governo de Pernambuco. Tudo começou quando o presidente do Diretório Estadual do PSB, Sileno Guedes disse que Armando não tem experiência no serviço público e representa os patrões.

Sileno chegou a questionar o êxito de Armando Monteiro nas suas atividades empresariais e defendeu o candidato do seu partido, Paulo Câmara, que a seu ver conhece a máquina pública do Estado e integra um projeto que tem o maior número de partidos na base.

A resposta ao socialista foi dada pelo Secretário Geral do PTB em Pernambuco, José Humberto.

“Sileno tem produzido sempre nano-avaliações sobre o processo político-eleitoral, que são próprias dos chamados tarefeiros de baixa patente. Essas declarações deselegantes e irritadiças de Sileno traduzem a grande preocupação que existe hoje nas hostes socialistas pelo forte crescimento da candidatura do senador, evidenciada em todas as pesquisas e constatada em todas as regiões do Estado”, escreveu o petebista.

José Humberto frisou que o senador Armando Monteiro tem uma trajetória de respeitabilidade e competência reconhecida em Pernambuco e no Brasil – e também pelo PSB pernambucano até a eleição de 2010.

“Sileno vive a dificuldade de conseguir explicar uma fragilidade que o povo de Pernambuco já percebeu. A de tentar impor, junto com o seu grupo, aí, sim, como verdadeiros patrões políticos, um nome sem qualquer representatividade na sociedade, além daquela que deriva das circunstâncias de subordinação e parentesco, como o de Paulo Câmara.

Depois desta nota do Secretário do PTB, os prefeitos de Moreno, Adilson Gomes Filho e do Recife, Geraldo Júlio, ambos do PSB, voltaram ao ataque, procurando carimbar Armando Monteiro com o rótulo de patrão.

“Não há no currículo do candidato [Armando Monteiro Neto] nenhuma experiência no setor público. Defender patrão é a história dele”, disparou o prefeito da capital pernambucana.

A partir de agora a pré-campanha ao Governo Estadual virou um duelo. De um lado está Armando, chamado pelos governistas de patrão, e do outro Câmara, rotulado pela oposição de cobrador de impostos.
 

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