A pesquisa é clara, não adianta tentar negar os fatos.
Os brasileiros estão cansados do governo. E dos partidos
tradicionais, principalmente o PT e o PSDB, que vêm comandando os destinos do
país há 20 anos.
As manifestações de junho de 2013 foram por mudanças, um não
à política tradicional e aos acordos espúrios que há décadas sucateiam o
Brasil.
O PSDB colocou a economia do Brasil nos trilhos e domou o
bicho que era a inflação. O PT pegou um país melhor e direcionou a gestão para
atender os mais pobres de todas as regiões do País.
A classe média cresceu, a pobreza diminuiu e a exigência
aumentou nas grandes capitais, nos municípios do interior, no Sudeste e no
Nordeste, apesar do bolsa família e das novas universidades, ou talvez por
conta deles mesmo.
Quem nunca teve carro anda de ônibus ou a pé. Mas depois
que o homem ou mulher possui seu primeiro automóvel não vai querer ficar sem
ele, que mais do que luxo é uma necessidade.
O brasileiro quer escolas e hospitais tão bons quantos os estádios da copa. Não agüenta a burocracia e a ineficiência e sabe que por todo lugar tem roubalheira.
Todos estão cansados da violência, que permanece praticamente a mesma há décadas nos grandes centros e aumentou muito nas pequenas cidades.
O brasileiro quer escolas e hospitais tão bons quantos os estádios da copa. Não agüenta a burocracia e a ineficiência e sabe que por todo lugar tem roubalheira.
Todos estão cansados da violência, que permanece praticamente a mesma há décadas nos grandes centros e aumentou muito nas pequenas cidades.
Municípios pequenos, bucólicos, onde até a década de 70
havia ainda uma certa inocência, hoje vivem a realidade do crack, da maconha, do
álcool, do tráfico e de ladrões de todo tipo que fizeram mestrado no Rio ou São
Paulo.
A inteligência, a cultura, educação, um diploma, muitas vezes não
valem nada entre nós. A esperteza ou a desonestidade é o que contam.
Todos sabem disso. Não é preciso ser doutor, jornalista,
cientista político ou filósofo. Empiricamente a população sente que “tá tudo
errado” e é preciso dar um basta.
Eduardo Campos tentou capitalizar esses sentimentos, mas
não conseguiu. Falava das raposas e tinha elas ao seu lado, criticava um
governo do qual participou 11 anos. Seu discurso soava falso. Com a morte virou
herói e santo e está operando milagres, realizando o que não conseguiu em
vida.
Dilma tem um bom programa da televisão e está tendo oportunidade
de mostrar o que fez. O povo até agora não está dando muita importância. O
brasileiro acha que a gestora não fez mais do que sua obrigação. E ainda está
devendo.
Lula todo dia está na TV, com um discurso ensaiado, bonito,
enfatizando o que os governos do PT fizeram pelos pobres. Não está funcionando.
Ele está velho e não representa mais os anseios da massa. Até agora não
conseguiu sensibilizar o eleitor como antes.
Talvez tenha tudo a ver com o que foi escrito acima: o nível
de exigência aumentou muito.
Aécio Neves é morno, aparece nos programas eleitorais todo
engomadinho, com cara de playboy. O povão não confia, “ele tem cara de quem vai
acabar com o bolsa família” e retornar as privatizações da época de Fernando
Henrique.
Aí vem Marina Silva. Não tem a beleza de quando era jovem. Mas
as rugas que não consegue disfarçar são de quem ralou muito para chegar a ser
senadora e ministra.
Mesmo tendo passado por esses cargos tem “cara de
coitadinha”. Trabalhou nos seringais do Acre, foi empregada doméstica, se
alfabetizou já quase adulta. Passa a imagem de íntegra, coerente, combativa.
Parece o Lula de 1989, quando o PT era sinônimo da ética e
representava a esperança de um Brasil sem tanta injustiça social e sem corrupção.
Marina é também o Jânio do início da década de 60. O
presidente que ia varrer a corrupção com uma vassoura, o moralista que
pretendeu proibir os biquínis nas praias brasileiras.
É a “esquerda messiânica” na expressão do professor Rafael
Brasil.
Hoje é forte candidata para ganhar a eleição. É uma
mudança? É.
Vai dar certo? Com a experiência dos meus cabelos brancos
tenho minhas dúvidas. Ela não é nem do PSB, está no partido porque não
conseguiu construir sua Rede e entrou na disputa graças a uma tragédia
nacional.
Governará com que quadros? E terá jogo de cintura para
conviver com um Congresso Nacional não tão
renovado assim?
Os empresários que a apoiam – do Itaú, da Natura, do Agronegócio
do seu vice Beto Albuquerque, dos que participaram da maracutaia para comprar o
avião, entocados – vão querer cobrar a fatura.
E o povo, o povão vai continuar exigente. Querendo a melhoria
do hospital e da escola já. Cobrando resultados na área de segurança a partir do
dia primeiro de janeiro de 2015.
Serão muitas as demandas, os problemas, as exigências.
E ninguém faz milagre.
Marina disse que foi a mão de Deus que fez ela candidata a presidente.
(Foi Deus que derrubou o avião com Eduardo e mais seis pessoas?). Vamos aguardar
então que o Senhor faça com que ela vença a eleição e consiga fazer o governo dos
sonhos do povo brasileiro.
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