Segundo Gilson Guimarães, um dos membros da Executiva Estadual do PT e coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff no Estado, a decisão de romper com a campanha majoritária está sendo discutida desde a última segunda-feira (23). Esse grupo apoia agora Paulo Câmara, para Governador e Fernando Bezerra para Senador
Foto: Divulgação
Lula, Dilma e Armando em ato de campanha. Na verdade Armando nunca foi o candidato dos sonhos do PT de Pernambuco.
Lula, Dilma e Armando em ato de campanha. Na verdade Armando nunca foi o candidato dos sonhos do PT de Pernambuco.
Fonte: Blog do Jamildo
Insatisfeita com algumas posturas adotadas pelo Partido dos Trabalhores
(PT) na campanha eleitoral em Pernambuco, uma das correntes da legenda
PTLM (PT de Lutas e Massa) decidiu neste domingo (28) abandonar o barco
petista para apoiar os candidatos da Frente Popular – Paulo Câmara, ao
governo de Pernambuco, e Fernando Bezerra Coelho para o Senado.
Em nota enviada ao Blog do Jamildo, o grupo relata descontentamento com a
aliança do partido com o candidato Armando Monteiro e fala ainda do
autoritarismo de lideranças na coordenação da campanha.
“O PT de Pernambuco vem seguindo um caminho que o afasta dos seus princípios éticos fundamentais. Desde 2012, nas prévias para eleição à Prefeitura do Recife, vimos o PT desprezar sua democracia e descumprir suas decisões de encontros do partido”, diz o texto. Segundo Gilson Guimarães, um dos membros da Executiva Estadual do PT e coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff no Estado, a decisão de romper com a campanha majoritária está sendo discutida desde a última segunda-feira (23).
Depois de percorrer alguns municípios em encontros com os diretórios, o grupo redigiu um documento expondo as críticas às candidaturas de Armando e João Paulo (leia a íntegra abaixo).
Um dos pontos de insatisfação expostos por Gilson reside na postura das campanhas de Armando e João Paulo em “esconder” o nome de Dilma Rousseff nas propagandas eleitorais. “Até 15 dias atrás, havia a rejeição em ligar o nome dos candidatos com Dilma, porque ela estava em baixa nas pesquisas. Até as peças de João Paulo dizem que ele é de Lula e Dilma mal aparece”, criticou Gilson, que entregou esta semana a coordenação da campanha no Grande Recife.
A corrente dissidente também afirma que “neste momento é impossível não reconhecer que a aliança história Frente Popular, da qual sempre estiveram juntos PT, PSB e PCdoB trouxe conquistas irrefutáveis ao povo de Pernambuco”.
Mas, no âmbito nacional, a PTLM mantém a decisão de apoiar à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Antes do rompimento do PT com o PSB, há dois anos, o grupo era historicamente ligado ao ex-governador Eduardo Campos e aos socialistas. Desde as eleições municipais em 2012, a ala do partido criticava as atitudes tomadas pela cúpula do partido. Nas eleições para Prefeitura do Recife, a corrente apoiou o nome do ex-prefeito João da Costa, que foi derrotado nas urnas por Geraldo Julio, afilhado político de Eduardo Campos.
Na época, eles já criticavam o autoritarismo de membros da majoritária do partido, nas figuras do senador Humberto Costa e do atual candidato ao Senado pelo PT, João Paulo. Alguns estão insatisfeitos desde que o Diretório Nacional do PT determinou, em fevereiro, a saída dos seus filiados das gestões socialistas em Pernambuco.
“O PT de Pernambuco vem seguindo um caminho que o afasta dos seus princípios éticos fundamentais. Desde 2012, nas prévias para eleição à Prefeitura do Recife, vimos o PT desprezar sua democracia e descumprir suas decisões de encontros do partido”, diz o texto. Segundo Gilson Guimarães, um dos membros da Executiva Estadual do PT e coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff no Estado, a decisão de romper com a campanha majoritária está sendo discutida desde a última segunda-feira (23).
Depois de percorrer alguns municípios em encontros com os diretórios, o grupo redigiu um documento expondo as críticas às candidaturas de Armando e João Paulo (leia a íntegra abaixo).
Um dos pontos de insatisfação expostos por Gilson reside na postura das campanhas de Armando e João Paulo em “esconder” o nome de Dilma Rousseff nas propagandas eleitorais. “Até 15 dias atrás, havia a rejeição em ligar o nome dos candidatos com Dilma, porque ela estava em baixa nas pesquisas. Até as peças de João Paulo dizem que ele é de Lula e Dilma mal aparece”, criticou Gilson, que entregou esta semana a coordenação da campanha no Grande Recife.
A corrente dissidente também afirma que “neste momento é impossível não reconhecer que a aliança história Frente Popular, da qual sempre estiveram juntos PT, PSB e PCdoB trouxe conquistas irrefutáveis ao povo de Pernambuco”.
Mas, no âmbito nacional, a PTLM mantém a decisão de apoiar à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Antes do rompimento do PT com o PSB, há dois anos, o grupo era historicamente ligado ao ex-governador Eduardo Campos e aos socialistas. Desde as eleições municipais em 2012, a ala do partido criticava as atitudes tomadas pela cúpula do partido. Nas eleições para Prefeitura do Recife, a corrente apoiou o nome do ex-prefeito João da Costa, que foi derrotado nas urnas por Geraldo Julio, afilhado político de Eduardo Campos.
Na época, eles já criticavam o autoritarismo de membros da majoritária do partido, nas figuras do senador Humberto Costa e do atual candidato ao Senado pelo PT, João Paulo. Alguns estão insatisfeitos desde que o Diretório Nacional do PT determinou, em fevereiro, a saída dos seus filiados das gestões socialistas em Pernambuco.
Leia a íntegra da nota enviada pela Corrente PTLM
POR UM PARTIDO DEMOCRÁTICO
Nós filiados ao PT e militantes da Corrente Interna PTLM (PT de Lutas e
Massa), ao longo de nossa trajetória política, sempre estivemos junto
dos movimentos sociais e trabalhando para o avanço do partido em
Pernambuco.
Constantemente dispostos ao diálogo, respeitamos a democracia e obedecemos o Estatuto do Partido nas polêmicas internas. Nunca nos esquivamos em apoiar qualquer companheiro petista, independente da Corrente na qual fosse ligado. Estivemos também presentes em todas as campanhas eleitorais, tanto das majoritárias como das proporcionais, por meio dos candidatos com os quais mantivemos forte afinidade política e ideológica. Hoje, no entanto, constatamos mais uma vez que o PT de Pernambuco vem seguindo um caminho que o afasta dos seus princípios éticos fundamentais. Desde 2012, nas prévias para eleição à Prefeitura do Recife, vimos o PT desprezar sua democracia e descumprir suas decisões de encontros do partido. Desde então, as posições políticas vêm sendo tomadas sem a necessária discussão com a base partidária. Para o PED, os 300 Delegados eleitos em cima da tese de candidatura própria simplesmente viram suas posições desconsideradas e a proposta de convocação de plebiscito interno para aprofundar a discussão dessa tática eleitoral negada. Por fim, ficou definida de forma antidemocrática e arbitrária, a atual coligação para a majoritária no Estado, uma posição difícil de ser carregada nesta campanha, em face das inúmeras contradições com as bandeiras do PT na defesa e luta dos trabalhadores. Lideranças com mandatos tentam o tempo todo impor suas posições políticas ao partido, as quais carecendo de lógica democrática atendem somente seus próprios interesses, numa tentativa de transformar o PT de Pernambuco em um partido de cúpula e de donos, de mandos e de desmandos. Neste momento é impossível não reconhecer que a aliança história Frente Popular, da qual sempre estiveram juntos PT, PSB e PCdoB trouxe conquistas irrefutáveis ao povo de Pernambuco. Esta continuidade não pode ser abalada pela disputa presidencial, e muito menos por interesses individuais. Acreditamos que os melhores resultados para o País somente serão alcançados com Dilma presidenta pelo seu caráter e honradez e pela sua capacidade de diálogo com os movimentos sociais, na perspectiva de sempre fazer mais. Mas para o Estado de Pernambuco, acreditamos firmemente em Paulo Câmara governador e Fernando Bezerra Coelho senador. Reiteramos diante deste gesto de apoio às candidaturas estaduais verdadeiramente dedicadas aos pernambucanos, nosso compromisso com as raízes democráticos do nosso Partido. No PTLM tomam essa posição, 80 diretores municipais do PT, cinco presidentes municipais do PT, três dirigentes estaduais do PT e dois membros da Executiva Estadual do PT. Coletivo estadual<BR> Gilson Guimarães – Paulista ,Executiva Estadual do PT Sidônia (doninha) – Recife , Executiva Estadual do PT Elizeu Coelho – Abreu e Lima , Presidente do PT de Abreu Rafael Araújo – Recife, Setorial Criança e adolescente Iran Ferreira – Abreu e Lima ,Executiva Municipal de Abreu João Jacinto – Gloria de Goitá, Presidente do PT de Gloria Gilson Magalhães - Olinda , Setorial de Meio Ambiente Francisco Assis – Rio formoso ,Presidente do PT de Rio Formoso Soraia de Santana - Recife ,Movimento de luta da Moradia Arlete Araújo – Recife , Executiva Municipal do Recife Cláudia Patricia – Recife Setorial da Saúde Sebastião Pereira – Vitória ,Presidente do PT de Vitória Evandi Oliveira – Cumaru , Executiva Municipal de Cumaru Roberta Monteiro – Cumaru, Executiva Municipal de Cumaru Alberto Rocha – Gloria de Goitá , Executiva Municipal de Gloria Erivan Marinho – Abreu e Lima , Executiva Municipal de Abreu Jose Leão – Recife, Setorial Sindical Laudemir França – Jaboatão,Setorial Sindical Jaime Guimarães – Camaragibe , Membro DM Valdelina – Recife , Membro do DM |
COMENTAMOS:
O PT de Pernambuco rachou outra vez? Ou será esperteza?
Teriam esses "indignados petistas" se bandeado para os lados de Paulo Câmara para não ficarem na chuva quando da derrota de Armando Monteiro. Será?
Mesmo que não se saiba ainda, o tamanho real e a força desse grupo dissidente, de qualquer forma esse é uma má notícia para os lados de Armando e uma, boa para, Paulo e Bezerra. Será que isso vai se refletir nas pesquisas e nas urnas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, registrar E-mail