Foto: Diego Nigro/JC Imagem |
O núcleo duro do governador eleito, Paulo Câmara (PSB), não fugirá à sua
maior marca: perfil mais técnico que propriamente político. O mistério
que cercou nas última semanas a lista completa do novo secretariado se
encerra hoje, às 15h, com a coletiva de imprensa no Recife Praia Hotel .
Nas funçõeschaves, os nomes já são velhos conhecidos: Antônio Figueira
(Casa Civil), Danilo Cabral (Planejamento), Márcio Stefanni (Fazenda),
Fred Amâncio (provavelmente para Educação), Thiago Norões e Renato
Thibaut. A surpresa fica para o escolhido para a pasta de Administração:
Rodrigo Amaro. Graduado em 2007 em Administração, o jovem técnico é,
atualmente, presidente da Perpart.
Desse grupo seleto, que goza da confiança e do poder sobre a máquina,
ainda faz parte Raul Henry (PMDB), o vicegovernador eleito. Ele deixou
de ficar com o comando da Secretaria de Educação, como era esperado,
para assumir uma funçãochave no governo. A ele caberá funções de
monitoramento e articulação, de livre trânsito pelas secretarias.
De acordo com uma fonte ligada a Paulo, além de Danilo Cabral, mais três
deputados federais eleitos farão parte do novo governo: Felipe Carreras
(Turismo), André de Paula (Cidades) e Sebastião Oliveira (Transportes).
Com essa tacada, Paulo consegue contemplar quatro partidos da sua base
de sustentação. Os suplentes que subiriam à Câmara Federal: Augusto
Coutinho (SD), Fernando Monteiro (PP), Cadoca (PCdoB) e Raul Jungmann
(PPS), este último teria que renunciar ao mandato de vereador do Recife
No esforço para “mimar” os 21 partidos da aliança que o elegeu, o jogo
de xadrez ainda atingiria a Assembleia Legislativa. Existe a
possibilidade de Paulo chamar ou alguém do PSDB e outro nome de sua
confiança, como os deputados Waldemar Borges (PSB) ou Aluísio Lessa
(PSB). Assim, o decano Maviael Cavalcanti (DEM), o 3º suplente, voltaria
à Casa Joaquim Nabuco.
Para estruturar a sua equipe, Paulo Câmara conversou com cada líder
partidário. Como fieis conselheiros, ouviu muito o que Raul Henry e o
prefeito Geraldo Julio (PSB) tinha a dizer. Na escolha, alguns fatores
foram determinantes. Por exemplo, a escolha de André de Paula pode ser
estratégica para o novo governador, se o exprefeito de São Paulo
Gilberto Kassab (PSD) assumir o ministério das Cidades na nova equipe da
presidente Dilma Rousseff (PT). Os dois são do mesmo partido e, com o
PSB na oposição, essa “feliz” coincidência facilitaria os trabalhos.
Por Carolina Oliveira
Do Jornal do Commercio desta segunda-feira (15).
Do Jornal do Commercio desta segunda-feira (15).
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