A angústia dentro do estádio de futebol francês
Nas imediações da casa de shows Bataclan
A França reviveu o clima de horrores da 2ª guerra mundial, nesta sexta-feira, dia 13, quando terroristas atacaram vários pontos de Paris causando a morte de pelo menos 120 pessoas, segundo informação das autoridades. Este número pode ser maior e inclui os agressores, sete deles tendo cometido suicídio usando bombas que causaram grandes estragos, além da perda das vidas humanas.
Os terroristas atacaram locais como a Praça da República, usado regularmente em manifestações da capital francesa e um restaurante próximo ao estádio onde jogavam as seleções da França e Alemanha também foi alvo de um homem bomba.
As explosões foram ouvidas pelos jogadores, torcedores e autoridades que ficaram apavorados e sem saber o que fazer no primeiro momento.
O presidente francês, François Hollande, que assistia a partida da Alemanha contra o seu país, foi retirado às pressas do estádio, logo após as primeiras explosões.
O esvaziamento total do estádio só aconteceu por volta das duas horas da manhã, com os torcedores agrupados no gramado, demonstrando muito medo. Essas imagens foram mostradas para o mundo inteiro pela televisão.
Na casa de shows Bataclan, com capacidade para 1.500 pessoas, aconteceu o pior dos atentados. Homens com fuzis e metralhadoras invadiram o espaço e já entraram atirando no público, que prestigiava uma apresentação de um famoso grupo musical.
As estimativas até o momento é que no Bataclan podem ter morrido até 100 pessoas.
A França está em estado de alerta, as fronteiras do país foram fechadas e Paris teve o reforço policial reforçado por 1.500 homens importados de cidades do interior.
Os acontecimentos em Paris repercutiram imediatamente no mundo inteiro. Nos Estados Unidos foram tomadas medidas de alerta, o mesmo acontecendo em outros países, principalmente os que fazem fronteira com a França, como é o caso da Bélgica.
Para o presidente francês, François Hollande os atentados terroristas se constituíram num “ato bárbaro”.
Líderes mundiais, como presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, prestaram solidariedade e ofereceram ajuda à França.
No Brasil a TV Globo e a Globo News interromperam a programação normal para noticiar os acontecimentos na Europa. O narrador Galvão Bueno cedeu parte do horário do intervalo do jogo Argentina x Brasil para que mais informações pudessem ser dadas a respeito do ataque terrorista.
Hoje pela manhã o Portal UOL informa que o Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques que mataram mais de uma centena de pessoas. Números recentes do jornal El Pais contabilizam 127 mortos e 200 feridos.
Eis a Nota distribuída e assinada pelo Estado Islâmico:
"Oito irmãos carregando coletes suicidas e armas automáticas alvejaram áreas no coração da capital francesa que foram especificadamente escolhidas antes: o Stade de France durante uma partida contra a Alemanha na qual o imbecil François Hollande estaria presente; o Bataclan, onde centenas de idólatras estariam juntos numa festa da perversidade; além de outros alvos no 10º, no 11º e no 18º arrondissements", diz a nota.
"A França e todos aqueles que seguem seu caminho devem saber que permanecem o principal alvo do Estado Islâmico."
"Alá (...) lançou o terror contra seu coração", diz o grupo, que chama Paris de "a capital da abominação e da perversão"."Paris tremeu sob seus pés [dos terroristas]."
A nota termina com um alerta de que "este não é nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões".
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