Quatro homens não identificados portando revólveres e facões assaltaram uma casa com trinta pessoas no domingo (3), em Tamandaré, Litoral Sul do estado. De acordo com uma das vítimas, o estudante Lucas Campelo, de 20 anos, os suspeitos aumentaram o som da residência durante a ação para não chamar a atenção da vizinhança. Entre os pertences levados estão celulares, aparelhos eletrônicos e bebidas. Um carro também foi roubado e encontrado no dia seguinte destruído.
Por conta do fim do expediente dos batalhões nesta segunda, a assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que não teria como confirmar o assalto nem conseguir informações de como é feito o patrulhamento da área. A assessoria de Comunicação da Polícia Civil foi contactada pelo G1 mas ainda não se pronunciou sobre o caso. O G1 também ligou para os telefones da delegacia do município, mas não foi atendido.
A ação não foi rápida, o estudante calcula que demorou uns 30 minutos e disse que os suspeitos estavam calmos. “Eles nos trancaram nos quartos e começaram a nos roubar, as meninas choravam muito e teve uma que até desmaiou. Eles não eram agressivos, mas estavam assustados. Teve um, tenho certeza que era menor de idade, que pedia para ninguém olhar para o rosto dele. Outro virou para um casal de amigos e disse que nos respeitava, mas que ou ele roubava ou morria”, relembra Lucas.
O estudante disse que a maioria do grupo quis voltar no mesmo dia para o Recife. “Eu e uns amigos achamos muito perigoso sair. Trancamos tudo, sentamos no meio da sala e esperamos nossos país nos buscarem às 5h [dessa segunda], mas o medo estava ali conosco, ninguém conseguiu dormir”, desabafa.
Para Lucas, o crime foi premeditado. “A gente tinha o costume de abrir o portão da casa assim que acordava para os amigos que sempre apareciam por lá. Eles devem ter percebido porque sabiam exatamente nossos movimentos”, analisa.
O grupo alugou a casa para passar as festas do início do ano. “Reservamos do dia 2 ao dia 16 de janeiro por R$ 6 mil. Quando escolhemos o lugar não imaginávamos isso, mas o policial que nos atendeu no dia do assalto disse que é normal acontecer roubos naquela área, que todo fim de semana alguma casa é assaltada”, contou Lucas.
A Polícia Militar foi acionada por algumas pessoas que conseguiram esconder o celular dos suspeitos. “A polícia chegou devagar e não ligaram a sirene. Entraram armados com as metralhadoras já em punhos. Nos destrancaram dos quartos e nos concentraram num quarto só para explicar o que aconteceu. Foi aí que descobrimos que aquilo tudo era normal por ali”, completou o estudante.
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