Com o objetivo de esvaziar críticas da oposição, em 2017 o governador Paulo Câmara (PSB) antecipará o debate sobre as suas promessas da campanha 2014 não cumpridas. Ele nega com veemência que vai discutir 2018 antes do tempo, porém admite: usará os seminários do Todos Por Pernambuco para ir ao interior e dizer à população que as promessas de 2014 só seguem no papel devido à crise. O “balanço” a meio mandato antecipará o debate para esvaziar o discurso da oposição em 2018. O prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio (PSB), fez isso. Convenceu a população que a crise atrapalhou suas promessas.
Mas calma lá. Geraldo difundiu esse discurso da crise no guia eleitoral, em época de campanha. Paulo anuncia que vai rodar o interior e oferecer à população a escolha de que obras priorizar, com pouco dinheiro em caixa. Faz sentido. Mas ele vai rodar o interior com estrutura oficial de governo, em ano não eleitoral. E aí precisa ter cuidado. Dependendo de quem olhe pode ser bem tênue a diferença de “repactuar metas” e antecipar campanha.
Ainda mais com o mapa político em aberto para 2018 e DEM e PSDB flertando com o PTB, na oposição. Tenha certeza, muita gente vai observar o Todos Por Pernambuco com outro olhar.
Com poucos recursos, Paulo Câmara quer valorizar as entregas que conseguirá fazer. No início de 2017 virá a Barragem de Serro Azul, que já está pronta. Mas o Estado prevê ainda escolas e a conclusão do Corredor Leste-Oeste, que deveria ter saído em 2014 e, diz o governador, não ficará para a próxima Copa.
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