Jornal do Brasil
Ao anunciar nesta quarta-feira (22) a previsão de déficit de R$ 58,2 bilhões para o Orçamento de 2017, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu, em coletiva de imprensa, que o governo federal poderá aumentar impostos para compensar o rombo nas contas e a revisão para baixo (de 1% para 0,5%) do crescimento da economia no ano.
"É uma grande possibilidade", disse Meirelles, ao ser questionado sobre o aumento de tributos.
O corte servirá para cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano. De acordo com o ministro, caso não haja aumento de tributos, o contingenciamento final ficará entre R$ 42 bilhões e R$ 44 bilhões. Impostos e contribuições mais altos, explicou, ajudarão a reduzir ainda mais o corte de despesas não obrigatórias, como investimentos (obras públicas e compra de equipamentos).
Os números foram fechados nesta quarta-feira numa reunião entre Meirelles, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e o presidente Michel Temer. Ontem (21), Meirelles tinha informado que o governo estava fechando as estimativas de quanto arrecadará com o resultado dos leilões de petróleo e gás e com o programa de regularização de ativos no exterior, também conhecido como repatriação, para definir o volume do contingenciamento e do aumento de tributos.
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