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terça-feira, 19 de setembro de 2017

PSB comete novo erro de avaliação no caso do PMDB

O PSB em peso participou ontem do ato de desagravo a Jarbas Vasconcelos, havendo portanto mais socialistas que peemedebistas no evento que tentou evitar que o comando estadual do PMDB trocasse de mãos e ficasse com Fernando Bezerra Coelho. Ao levar o governador de Pernambuco, o prefeito do Recife e outros políticos importantes do PSB, o Palácio do Campo das Princesas transcendeu algo que era matéria interna do PMDB, ainda que fosse o principal beneficiado caso o partido siga presidido por Raul Henry.
Quando esteve ao lado de Jarbas Vasconcelos, Paulo Câmara superdimensionou o fato de o PMDB trocar de mãos em Pernambuco, e caso isso se confirme, o governador dividirá o ônus de um revés de Jarbas e Raul, fragilizando ainda mais o seu palanque. O PT em 2012 viveu um problema parecido, Eduardo Campos até incentivou que Maurício Rands disputasse as prévias com João da Costa, mas em nenhum momento apareceu publicamente ao lado de Rands, que perdeu as prévias para o então prefeito e a confusão acabou indo pro diretório nacional que impôs Humberto Costa. Eduardo assistiu de camarote e lançou Geraldo Julio no vácuo deixado pela briga do PT. No fim das contas ele fez de um limão azedo que poderia colocar em xeque a sua frente política, uma doce limonada que garantiu ao seu PSB a prefeitura do Recife.
O governador Paulo Câmara deveria ter mantido uma distância regulamentar desta confusão do PMDB, pois qualquer que fosse o desfecho, o problema seria interno do partido. Nesta conta que não foi considerada, o Palácio deixou de pautar o jogo para ser novamente pautado pelas movimentações de Fernando Bezerra Coelho, por mais representativo que fosse o tempo de TV para a reeleição de Paulo Câmara, o Palácio jamais deveria deixar transparecer isto. Pois num movimento complexo como o que o PMDB está passando, as chances de FBC ficar no comando do partido em Pernambuco são enormes.
Na véspera da eleição, o governador deveria intensificar as negociações com o PT, pois possui um tempo de televisão equivalente ao do PMDB e ainda possui a figura do ex-presidente Lula que é uma espécie de mito em Pernambuco e conta com João Paulo que ainda tem um grande potencial eleitoral na região metropolitana do Recife. No fim das contas, o governador corre sério risco de ter Jarbas sem o PMDB e ainda ficar sem chances de reaproximar com o PT por não mostrar a força necessária para atrair o partido para o seu palanque após o episódio envolvendo o PMDB. Faltou novamente o cálculo político e a leitura do jogo por parte do Palácio.

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