Donald Trump avisou a Rússia de que os mísseis norte-americanos “irão chegar”. “Vocês não deveriam ser parceiros de um ‘animal de gás assassino’ que mata pessoas e gosta!”, disse o Presidente norte-americano no Twitter, referindo-se à aliança entre Moscovo e o regime sírio de Bashar al-Assad.
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As afirmações de Trump são uma resposta às declarações do embaixador da Rússia no Líbano, Alexander Zasipkin, que disse que quaisquer mísseis lançados pelos Estados Unidos contra a Síria serão abatidos pelas forças russas.
“A Rússia promete abater todos e quaisquer mísseis disparados para a Síria. Preparem-se Rússia, porque eles irão chegar, bonitos e novos e ‘inteligentes’!”, escreveu Trump na rede social.
Depois deste tweet, Trump fez mais uma publicação onde afirma que as relações os EUA e a Rússia "estão agora piores do que nunca, e isso inclui a Guerra Fria". "Não há razões para isto. A Rússia precisa de nós para ajudar na sua economia, algo que seria muito fácil de fazer, e precisamos de todas as nações a trabalhar juntas. Parar a corrida às armas?".
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, reagiu à ameaça de Trump, segundo a Reuters, sugeriu que um eventual ataque norte-americano irá "apagar os vestígios" de um ataque químico, questionado se a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) foi avisada de que os mísseis vão destruir “todas as evidências” do ataque.
Zakharova disse ainda que "mísseis inteligentes devem ser lançados contra terroristas, não contra governos legais". Moscovo defendeu que não existem provas que liguem o Governo de Assad ao ataque químico.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência TASS, afirmou que os EUA "inventaram" os relatos sobre um ataque químico em Douma, e que isso não pode ser utilizado como justificação para uma retaliação.
Peskov apelou também à contenção: "Em relação ao que poderia acontecer no caso de qualquer tipo de ataque, continuamos a desejar que todas as partes evitem este tipo de medidas, que, em primeiro lugar, não foram provocadas por nada real, e que, em segundo, poderia desestabilizar uma situação já frágil na região".
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