As melhores marcas anunciam aqui

As melhores marcas anunciam aqui

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

GOVERNO ESQUIZOFRÊNICO

A expressão é do jornalista Ricardo Kotscho e foi usada num artigo publicado neste domingo, no seu blog. 
Confira:A tática é manjada, mas assim é a “nova política” do bolsonarismo para engabelar sua galera de fanáticos.

No dia seguinte à monumental confusão que provocou no meio político, ao trombar com sua equipe econômica, em vez de se explicar e pedir desculpas, capitão Bolsonaro voltou ao ataque.
Acompanhado dos filhos, foi ao Twitter e disparou uma mensagem atrás da outra sobre assuntos os mais diversos, sem tocar no principal: as mudanças nos impostos que anunciou, ao assinar decretos sem ler direito.

O principal alvo foi Fernando Haddad, o candidato do PT derrotado nas urnas, que estava quieto no seu cantinho só vendo a banda da insanidade passar.
Na véspera, Haddad havia publicado em seu perfil o artigo de um jornalista alemão da “Deutsche Welle” sobre o anti-intelectualismo da nova ordem.
Bolsonaro veio com os dois pés para cima do petista, como se esse fosse o grande assunto do dia, e não a primeira crise em seu gabinete.

Reparem na finesse do estilo presidencial:
“Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara”.

À parte o fato de que o capitão nem deve saber o que é anti-intelectualismo (deve achar que é um palavrão do “lixo cultural marxista”), Haddad destacou a “educação do moço, coisa de estadista”, e perguntou se ele já se sente seguro para um debate frente a frente, algo que evitou na campanha presidencial.
Bolsonaro não respondeu e mudou de novo de assunto para atacar o PT:

“Eles procuram e criam todos os motivos possíveis para estarem sendo rejeitados pela maioria da população, só não citam o verdadeiro: o PT quebrou o Brasil de tanto roubar; deixou a violência tomar proporções de guerra”.

Como se vê, o capitão reformado ainda não desceu do palanque e continua em campanha, em vez de cuidar dos seus afazeres presidenciais e evitar a bateção de cabeças dos primeiros dias.
Se assim foi na primeira semana, podemos imaginar o que ainda vem pela frente. Pela amostra, não corremos o menor risco disso dar certo.

E não me venham pedir otimismo: esta é a realidade em que vivemos.
Bem que eu gostaria de mudar de assunto, mas é impossível. Este governo esquizofrênico não deixa.
Bom domingo.
Vida que segue.
*Ricardo Kotscho é jornalista

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, registrar E-mail