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terça-feira, 2 de julho de 2019
JORNALISTA GLENN GREENWALD JOGA PARTIDA DE XADREZ, TENDO MORO E PROCURADORES COMO ADVERSÁRIOS
Reportagens publicadas pelo site The Intercept, pelo jornalista Reinaldo Azevedo, pela Revista Veja e o jornal Folha de São Paulo, mostram, até agora, uma prática ilegal, vedada pela Lei, da parte do ex-juiz Sérgio Moro e procuradores que fazem parte da Operação Lava Jato.
Neste domingo a Folha trouxe mais uma matéria baseada no acervo que recebeu do americano Glenn Greenwald. A revelação da vez é que os procuradores do Ministério Público a princípio não queriam saber da delação do empresário Léo Pinheiro, pois o que ele tinha a dizer não levava a nada, não comprometia o ex-presidente Lula.
Somente depois de várias versões contadas por Pinheiro, em mais de um ano de investigação, os procuradores acataram as informações do delator, que, enfim, comprometeu o líder petista e o levou posteriormente à prisão.
Juntando tudo que já foi revelado, Moro investigou, indicou testemunhas, vetou uma promotora no depoimento de Lula por julgá-la “fraca”, orientou Deltan Dallagnol, vazou informações para a imprensa, “pintou e bordou” para atender seus interesses políticos.
Tudo leva a crer que o principal objetivo político da Lava Jato era não combater a corrução e sim colaborar com a derrocada da presidente Dilma e depois prender Lula.
Pessoalmente, Moro jogou (e ganhou) para ser Ministro da Justiça de Bolsonaro e depois ser indicado para o Supremo Tribunal Federal.
Nunca imaginou que suas práticas ilegais fossem descobertas e agora chama de criminosos quem descobriu suas traquinagens.
Ex-juiz e procuradores dizem que foram hackeados, mas se recusaram a entregar seus celulares para que fosse feita uma perícia.
Moro é o Ministro da Justiça, manda na Polícia Federal, porém não consegue descobrir os supostos criminosos.
Enquanto isso, Greenwald vai ditando os rumos do jornalismo no Brasil, a cada revelação desmoraliza mais o Judiciário e o Ministério Público, instituições que deviam estar a serviço da sociedade, contudo, se vê claramente, servem somente à classe dominante e aos seus próprios interesses.
Tanto a Folha quanto a Veja, veículos da imprensa conservadora, investigaram a documentação que lhes foi repassada pelo jornalista americano. Comprovada sua autenticidade, deram início a publicação das reportagens.
Até o momento, todavia, não saiu na imprensa nenhum áudio ou vídeo e os que fazem o The Intercept dizem que são centenas deles.
Jornalista Glenn Greenwald controla os cordões de forma inteligente, desafia suas vítimas, parece jogar uma partida de xadrez tendo como adversários juízes e procuradores.
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