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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

OS NOSSOS ÍDOLOS CONTINUAM OS MESMOS


“Nossos ídolos ainda são os mesmos”.

A frase é da música de Belchior “Como Nossos Pais”, verdadeiro hino da juventude, que desde os anos 70 vem sendo pensada e repetida pelos jovens de todas as idades.

E no Brasil os ídolos necessariamente continuam sendo os mesmo há décadas, porque surgem poucos com talento para superar os ícones da música popular.

Caetano Veloso, genial baiano dos versos de “Força Estranha”, já completou 77 anos e seu amigo e parceiro Gilberto Gil fez 77.

Chico Buarque, criador de canções incríveis como A Banda, Carolina, Geni e o Zepelim e Cálice comemorou o ano passado 75 anos.

Paulinho da Viola, um dos melhores sambistas nacionais tem 77, mesma idade de Milton Nascimento e Ney Matogrosso, intérprete inigualável,  soma 78 anos de vida. Martinho da Vila, ainda em forma para compor e cantar está com 81.

Roberto Carlos, artista mais bem-sucedido da música brasileira, em abril deste ano vai soprar 79 velinhas.

Gal Costa já tem 74, Maria Bethânia 73 e Simone 70. Os caçulas da MPB são Zeca Baleiro, Ana Carolina e Vanessa da Mata, o primeiro com 53, a segunda 45 e a cantora mato-grossense com 43.

Fagner fez 70, Ednardo 74 e Geraldo Azevedo também soma 74 anos.

Elis Regina nos deixou tão nova, aos 36 , Belchior tinha feito 70, Raul Seixas 44 e Vander Lee 50 anos.

Beth Carvalho deu adeus ao Brasil com 73, Nélson Gonçalves aos 78, Reginaldo Rossi e Jerry Adriani com 70 anos completados.

Dois bons cantores bregas, Odair José e Aguinaldo Timóteo, têm respectivamente 71 e 83.

Por favor me digam o nome de alguém na faixa dos 20 ou 30 com tanto talento quanto os citados. Eu não sei. Será que é por que também envelheci? Ou dos anos 90 pra cá a qualidade caiu, ficou escondida, a poesia e a criatividade entraram em decadência?

Os nossos ídolos ainda são os mesmos. O CD sumiu, o DVD ficou obsoleto, as rádios perderam audiência para a internet, os jornais impressos desapareceram, mas nas plataformas digitais a velha e boa MPB ainda dá as cartas.

A valsinha emociona, o coração selvagem arrepia a pele, o barco atravessa o deserto de mentes, Bárbara Alencar está presente em Fortaleza, o sangue latino vê o gato preto descendo a escada, lembranças, cantam o amor à moda antiga o velho e o novo repetem no auditório da TV: “Então, cadê você?”.

No YouTube, Belchior ainda está vivo nos versos da canção:

Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já é outra viagem
E o meu coração selvagem tem essa pressa de viver.

Profético, 50 anos atrás já previa e em 2020 "os ídolos ainda são os mesmos".

*Ilustração: Cassino Online Royal Vegas.

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