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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Pela primeira vez na história, Arquidiocese de Olinda e Recife suspende cerimônia do lava-pés por causa do coronavírus

Em virtude da epidemia do coronavírus, a Arquidiocese de Olinda e Recife suspendeu o rito de lava-pés na celebração da Quinta-feira Santa, dia que antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus na fé cristã. A Missa da Ceia do Senhor, da qual o rito faz parte, será mantida na Catedral, com Dom Fernando Saburido, mas terá o ritual omitido e acontecerá a portas fechadas, às 17h. A orientação seguida foi feita pela Comissão Arquidiocesana de Pastoral para Liturgia.

Dom Fernando Saburido explica que a Quinta-feira Santa é o primeiro dia da Semana Santa, sendo a abertura do trido pascal que consiste em três celebrações: Ceia do Senhor, a Paixão e Morte e a Celebração da Páscoa. Esta é a primeira vez que o ritual de lava-pés não acontece. A cerimônia é designada como um rito onde os pés são lavados, como um ato de humildade. “O ritual lembra o que Jesus fez na última ceia, mostrando que a missão dele era servir. Ele lavou os pés dos apóstolos e mostrou que se ele fazia, todos os discípulos também deveriam fazer”, explica o arcebispo. Nesse ritual católico, os padres lavam os pés dos fiéis com água, representando o ato de Jesus.

Diferente do costumeiro, na quinta-feira, também não haverá a Missa do Crisma na Catedral, na qual o bispo consagra e abençoa os óleos que serão usados nos sacramentos de Crisma, Ordem, Batismo e Unção dos Enfermos. Conhecida também como a Celebração da Unidade, a missa é uma manifestação da comunhão dos padres com o bispo, no único e mesmo sacerdócio e ministério de Cristo. Pela impossibilidade da presença dos padres da Arquidiocese - são quase 300 - na Catedral neste período de isolamento e distanciamento social, a Missa dos Santos Óleos foi adiada para a Solenidade de Corpus Christi, em 11 de junho.

Já na Sexta-feira da Paixão, representando a morte de Cristo no Calvário, acontecerá liturgia da Paixão e Morte de Jesus, com cânticos e reflexões presidida por Dom Fernando, às 15h, na Catedral, também a portas fechadas para o público. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Ao final da liturgia, a imagem do Senhor Morto sairá, solitária, em carro aberto, sem procissão de fiéis em obediência às orientações dos órgãos de saúde.

No Sábado de Aleluia, o arcebispo irá também presidir, a Vigília Pascal, às 20h. A celebração, que começa a luz de velas, costumava contar com uma grande participação de pessoas, sendo sete leituras do antigo testamento, dessa vez, o Dom Fernando esclarece que será mais simplificada, com apenas três leituras. Todos os elementos especiais da vigília ressaltam o conteúdo fundamental da noite: sua passagem da morte para a vida. "É uma vigília em honra a Cristo".

Por fim, no Domingo de Páscoa, Dom Fernando preside a missa de Páscoa, às 9h, igualmente reservado apenas para a equipe de Liturgia e de Comunicação. É um dia considerado muito importante para religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, permanecendo até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.

Em todas as celebrações, para evitar que haja aglomeração de pessoas na Catedral, as cerimônias serão transmitidas ao vivo, através das redes sociais da Arquidiocese. Da mesma forma, as paróquias irão transmitir as missas dominicais e outras celebrações pelas redes sociais.

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