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domingo, 14 de junho de 2020

O TRISTE PAPEL DE REGINA DUARTE

Regina Duarte, atriz admirada e amada por milhões de brasileiros, durante décadas, jogou fora 50 anos de história no teatro, na televisão e no cinema ao aceitar fazer parte do governo mais controvertido que o Brasil já teve.

Artista encantou as famílias com seu rosto bonito, doce, angelical. Virou a namoradinha do Brasil num período duro da nossa história, interpretando sempre a mocinha das telenovelas.

Mas depois deu uma virada na carreira e virou libertária com Malu Mulher, a série revolucionária da Globo nos anos 80.

Foi também a vilã simpática de Roque Santeiro, na pele da viúva Porcina, um personagem inesquecível.

Muito antes, em 1969, foi a Compadecida no cinema, na primeira versão da obra de Ariano Suassuna.

Ao se meter em política pela primeira vez, em 2002, Regina Duarte fez uma espécie de terrorismo cultural tentando assustar os brasileiros com Lula, que ganhou a eleição. A atriz, claro, queimou a imagem e perdeu milhares de fãs e até amigos na classe artística.

Ela parece nunca ter perdoado as críticas que recebeu, foi cada vez mais para o campo da direita até aceitar o convite para ser Secretária da Cultura do atual governo.

Teve uma passagem medíocre, foi descartada por Bolsonaro como papel higiênico e na prática apagou uma carreira brilhante, fato observado neste final de semana pelo ator Antônio Pitanga, numa entrevista à Revista IstoÉ.

Num meio em que temos gente talentosa e de caráter, como Fernanda Montenegro, Antônio Fagundes, Wagner Moura, Paulo Betti, Camila Pitanga, Patrícia Pillar e tantos outros, Regina resolveu andar pela contramão, remar contra a maré, virar latifundiária, se unir aos ruralistas, empresários e políticos reacionários, que levam o Brasil cada vez mais pra baixo.

Uma pena! A namoradinha caiu dos braços dos milicianos, esqueceu Porcina, Malu, a Compadecida, seu autodestruiu.

Até Lobão, outro artista que enlouqueceu, fez mea culpa. Mas Regina não tem jeito: decepcionou milhões de fãs, seus colegas do teatro e televisão, envergonhou a própria família, terminou escrachada até pelos bolsonaristas que abraçou.

Triste papel de quem um dia foi rainha.

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