A conquista para os homossexuais corre o perigo agora de vir abaixo por conta do conservadorismo predominante na Câmara dos Deputados.
Quando deputado, o estilista Clodovil Hernandez, já falecido, apresentou projeto de lei regularizando de vez a relação dos gays.
Quase uma década depois a proposta está sendo deturpada. O deputado federal pernambucano Pastor Eurico (PL), relator do projeto, que voltou à discussão, pretende proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Pela vontade do parlamentar, até mesmo a adoção de crianças por casais do mesmo sexo será impedida.
A decisão não é só dele, mas como muitos na Câmara Federal pensam como o pastor todo cuidado é pouco.
Por isso mesmo parlamentares progressistas, artistas (como a atriz Nanda Costa), se mobilizam para impedir o retrocesso.
Em pleno século XXI ainda existem os que defendem ideias medievais. Não se pode querer definir a sexualidade de nenhuma pessoa por decreto.
O homossexualismo devia ser encarado com naturalidade. Existem homens que gostam de mulher. Mulheres com a maior tesão nos homens. Mas também mulher que adora mulher e homem que prefere homem. É isso e pronto.
Não é uma "invenção" da modernidade, influência da televisão ou da internet.
Essa realidade sempre existiu. Havia homossexuais na Roma antiga, na Grécia, na Rússia stalinista, na Alemanha de Hitler. Nos regimes totalitários, com rótulo de direita ou esquerda, os gays foram implacavelmente perseguidos.
Um notável escritor, Oscar Wilde, de origem irlandesa e que viveu na Inglaterra no século XIX, sofreu, em sua época, por sua condição de homossexual.
O que mudou foi que o mundo avançou. As mulheres conquistaram o direito de trabalhar e de votar, o machismo foi abalado e em países civilizados as relações entre homoafetivos deixaram de ser criminalizadas.
Na prática o Pastor Eurico e os que pensam como ele querem criminalizar os gays.
Não chegam a defender (pelo menos publicamente) que sejam mortos, como no regime nazista, mas ao condenar o casamento entre dois homens ou duas mulheres só fazem estimular o preconceito, dificultar a vida dessas pessoas, que têm todo direito ao amor.
Esses evangélicos (existem exceções) são mesmo é hipócritas. Condenam o aborto (mesmo de uma criança estuprada), o homossexualismo, porém praticam toda sorte de maldades.
Apoiaram por exemplo, o governo Bolsonaro, que quase destruiu o Brasil em quatro anos, abriu as portas para a corrupção como nunca se viu no país e contribuiu com a morte de milhares de pessoas por negligenciar a pandemia da Covid.
Não abrem a boca para condenar a tentativa de apropriação de joias do Estado, por parte do ex-presidente e sua mulher, mas ficam aí, de maneira ridícula, querendo ditar como as pessoas devem se comportar na cama.
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