Como antecipamos, Flávio Dino foi confirmado como ministro do Supremo Tribunal Federal.
Antes da votação a previsão é que ele teria entre 48 a 52 votos dos senadores.
Foi apenas um a menos. Mas só precisava de 41.
O placar "apertado", como alardeou hoje o jornal Folha de São Paulo, é explicado facilmente.
Continuamos com o país polarizado. Os bolsonaristas fizeram tudo para impedir a vitória de Dino (e Lula) na votação do senado.
Até manifestações de ruas foram convocadas contra o Ministro da Justiça.
Porque ele é comunista, porque ele humilhou diversas vezes deputados bolsonaristas, por ser muito preparado e nenhum chupetinha é páreo pra ele.
Foram contra Dino, também, porque processos que ele vai herdar da ministra Rosa Weber, podem atingir bolsonaristas e o próprio ex-presidente da República.
Preparado do jeito que é, o novo integrante do STF pode causar danos a seita da extrema direita.
Não há o que discutir do ponto de vista das qualidade de Flávio. Tirou em primeiro lugar no concurso público de juiz e exerceu a magistratura durante 12 anos.
É professor universitário na área de direito.
Foi deputado federal e governador do Maranhão por dois mandatos.
Em apenas um ano se destacou como Ministro da Justiça, como poucos na história da República.
Em todos os embates no Congresso demonstrou desenvoltura, conhecimento e competência.
Com ampla experiência no Judiciário, Legislativo e Executivo é incontestável que está talhado para o cargo de ministro do Supremo.
Foi uma vitória do Governo Lula. Do direito, da justiça, da democracia e da legalidade.
Teve seis votos a mais do que precisava. Mas com tanto esforço da direita para impedir a eleição do novo ministro do STF a Folha prefere ver que a votação foi apertada.
O jornal paulista e outros veículos de comunicação parecem sentir saudades de um presidente da República.
Aquele que costumava agredir jornalistas. Inclusive os da Folha. As agressões não eram contra os patrões, então eles agem assim, de maneira bem sem vergonha.
Flávio Dino, Lula, o Brasil e a democracia venceram. Os aloprados que se consolem com o doido lá da Argentina.
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