Ligeirinho, ex-líder do Comando Vermelho, 26 assassinatos. 15 assaltos a banco. Hoje, pastor evangélico.
O cearense Aldidudima Salles, de 48 anos, se criou na favela da Rocinha, Zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Envolvido “com os errados”, entrou cedo para a vida do crime. Aos 9 anos, saiu de casa, expulso pelo pai, evangélico, que era contra o envolvimento com marginais seguido pelo filho.
Aos 13, fez o primeiro assalto a mão armada e foi pego. No antigo reformatório de menores, hoje, Departamento Geral de Ações Sócio – Educativos (Degase) , ganhou o apelido de “Ligeirinho”. Lá conheceu José Carlos Encima, o “Escadinha” que se tornaria seu parceiro na criação de uma das organizações criminosas mais conhecidas no Brasil, o Comando Vermelho (CV).
O cearense Aldidudima Salles, de 48 anos, se criou na favela da Rocinha, Zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Envolvido “com os errados”, entrou cedo para a vida do crime. Aos 9 anos, saiu de casa, expulso pelo pai, evangélico, que era contra o envolvimento com marginais seguido pelo filho.
Aos 13, fez o primeiro assalto a mão armada e foi pego. No antigo reformatório de menores, hoje, Departamento Geral de Ações Sócio – Educativos (Degase) , ganhou o apelido de “Ligeirinho”. Lá conheceu José Carlos Encima, o “Escadinha” que se tornaria seu parceiro na criação de uma das organizações criminosas mais conhecidas no Brasil, o Comando Vermelho (CV).
Após sair do reformatório, Ligeirinho, então com 16 anos controlava mais de 200 bocas de fumo, que movimentavam mais de R$ 150 mil por semana. “Com essa idade eu tinha 6 mil traficantes sob meu poder. Todos eles fortemente armados”conta.
Ele lembra que, quando era bandido perseguiu evangélicos. “Eu não gostava de crente”, porque era revoltado por meu pai ter me expulso de casa”, afirma.
“De vez em quando, ia numa igreja e metia bala nos “crentes”. Não tinha paciência com quem falava e Deus. Pra mim, Deus era meu revólver e o meu dinheiro.
No final dos anos 80, ele comandou o resgate de cinema do companheiro Escadinha do presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Em plena noite de Révillon. Escadinha fugiu da cadeia com a ajuda de um helicóptero. Ligeirinho, líder da ação, estava na aeronave.. Pouco depois, o ex-criminoso diz ter vivido algo “sobrenatural”.
"Fui contratado pra matar um pastor, mas quando cheguei lá não consegui. Eu vi uma roda de fogo em volta dele e comecei a tremer”, lembra.
CONDENADO A 300 ANOS DE PRISÃO
Ligeirinho foi condenado a 300 anos de cadeia por 26 assassinatos, 15 assaltos a bancos e pelo tráfico de 19 crianças. Dentro da prisão, usava a força bruta pra converter outros presos.
“Chegava e perguntava: você quer ser crente? “Se a resposta fosse não, dizia pro meu companheiro dar uma gravata no cara e “sentava” minha bíblia de capa dura na cara dele, ou ele aceitava Cristo ou a gente matava”, conta.
“Chegava e perguntava: você quer ser crente? “Se a resposta fosse não, dizia pro meu companheiro dar uma gravata no cara e “sentava” minha bíblia de capa dura na cara dele, ou ele aceitava Cristo ou a gente matava”, conta.
O criminoso saiu de Bangu I, no Rio de Janeiro, após ter cumprido 10 nos da pena. Ligeirinho recebeu o indulto presidencial da pena (perdão dos crimes).
Hoje, o agora pastor Salles não deve mais nada à Justiça e vive da venda de seus DVDs que contam sua transformação”.Também dou palestras, mas não cobro. Costumo dizer que a minha vida é um milagre por ainda estar vivo e poder contar essa história”conclui.
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