O sonho de Armando Monteiro Neto (PTB), como todo mundo está careca de saber, é ser governador de Pernambuco. Até aí nada de extraordinário, ele tem todo direito de sonhar, se candidatar e conseguir votos suficientes para se eleger.
O que atrapalha o senador - e isso não é de hoje - é o DNA usineiro que tem no sangue. E esta herança, de vez em quando, costuma falar mais alto do que a política, uma atividade que exige jogo de cintura, muita conversa e, fundamental, o tempo certo para fazer determinadas coisas.Ao contrário do estilo usineiro de decidir, que é autoritário e raramente permite ponderações. Muito menos questionamentos e argumentações. Com as exceções de praxe, naturalmente.
Mas Armando Monteiro Neto faz parte mesmo é da regra geral, tanto que ele ordenou que a bancada do PTB na Assembleia Legislativa de Pernambuco votasse contra a emenda que reedita a reeleição da Mesa Diretora desagradando o governador Eduardo Campos (PSB), de quem é aliado, e que jogou pesado para aprovar a proposta.Como a confusão provocada pelo usineiro despertou o lado político do senador, agora ele tenta consertar o que não tem conserto através de notas explicativas que, na verdade, não explicam nada.A iniciativa desastrada do senador deixou Eduardo Campos desconfiado e não podia ser diferente. Principalmente porque o neto de Arraes nunca foi muito chegado a andar pela palha da cana nem afina com essa postura de dono de casa grande adotada por Armando Monteiro Neto.
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