Obama precisa de um PMDB
"O Barack Obama deve estar morrendo de inveja de a Dilma ter o PMDB e o PR. A vida dele seria bem mais fácil", ironiza um ministro do PT.
O presidencialismo americano, com seu sistema de freios e contrapesos, depende do Legislativo num grau muito maior do que acontece aqui no Brasil.
Quando funciona, o sistema é uma beleza. Quando não, há risco de paralisia do governo. É o que o democrata Obama está enfrentando agora ao tentar construir um acordo com os republicanos para elevar o teto de endividamento público.
Se esse limite não for ampliado até terça (02/08), há risco de calote da maior potência global. Dá medo imaginar as consequências disso para a economia mundial. Os EUA estão brincando à beira do abismo, como qualificou a presidente Dilma Rousseff.
O bipartidarismo americano agrava a dependência que o Executivo tem do Legislativo. Hoje, a Câmara de lá é controlada pelo Partido Republicano. O Senado está com o Partido Democrata.
Foi nesse contexto que o ministro petista fez a brincadeira sobre o bem que o PMDB e o PR fariam a Obama numa hora como esta.
Vivemos reclamando, com razão, do excesso de partidos no Brasil e de como o presidente, cuja sigla não elege sozinha maioria no Congresso, depende de acordos com esse centrão disposto a apoiar todos os governos. Mas o pluripartidarismo brasileiro permite o isolamento de tendências políticas mais radicais.
Quando o PT era oposição radical aos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, fez bem ao Brasil contar com um centro político que deu estabilidade a essas administrações para implantar o Plano Real e mudar o Brasil moderno.
No governo, o moderado PT soube tirar proveito das mesmas forças políticas para desidratar o DEM e alguns radicais do PSDB. Luiz Inácio Lula da Silva, então, pode fazer a maior inclusão social de nossa história.
Não é o caso de vender a democracia brasileira como melhor do que a americana, com mais de dois séculos de estrada. Mas de notar como a radicalização política pode ser danosa, seja na Venezuela, no Brasil ou nos Estados Unidos.
A moderação brasileira, que tantas vezes atrasa avanços, tem um lado positivo para quem preside a república. Permite saídas para momentos agudos.
O "Tea Party", esse movimento de tintas fascistas e xenófobas, está empurrando o Partido Republicano para uma posição política que inviabiliza os tradicionais acordos que o setor mais moderado da sigla costuma fazer com a ala mais conservadora do Partido Democrata.
O "Tea Party" odeia Obama e tudo de bom que ele representa para os Estados Unidos e o planeta. Obama nunca foi aceito por uma parcela da sociedade americana. Há muito de preconceito racial nas raízes dessa rejeição.
Por isso, Obama fez muito bem em ir à TV pedir à população que pressione os políticos pelas redes sociais, por telefone, pessoalmente. Acuado, partiu para o confronto. Até agora, não houve acusação de 'chavismo' contra o americano.
Com todos os seus erros, Hugo Chávez e Barack Obama têm algo em comum: enfrentam uma parcela da elite de seus países que demoniza os mais pobres e as políticas que cobram dos mais ricos uma cota maior para distribuir renda. Em menor grau, Lula enfrentou e enfrenta isso até hoje.
Por Kennedy Alencar
CURTAS
Votou Contra - Esta semana uma revelação bombástica irritou a presidenta Dilma. A revelação do ministro Jobim de que votou em Serra nas eleições do ano passado, deixou não só a presidenta, mais alguns deputados e assessores irritados.
PSL de Santa Cruz - Depois de perder a primeira batalha pelo PSL de Santa Cruz, o vice prefeito Zé Elias Filho segundo informações, finalmente conseguiu o partido para ser candidato a prefeito em 2012, assim o próprio vice prefeito afirmou na sede do PSL em Recife.
Recifolia não volta - O secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos (PT), ficou preocupado com a repercussão de notícias neste fim de semana sobre uma possível volta do Recifolia, evento que marcou época em Boa Viagem e que acabou na gestão passada. 'O recifolia não vai voltar.Teremos um evento em novembro na Dantas Barreto no modelo galo da madrugada. Sem abadá, sem cordão, com camarotes', advertiu.
O sorteio das chavez para a Copa - A prefeitura e o governo do Rio demonstraram como gastar R$ 30 milhões para fazer uma festa monótona e interminável, no sorteio dos grupos para a Copa do Mundo, realizado, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Mesmo com a presença de grandes craques do passado e presente e show de astros de nossa música popular, ficou difícil controlar os bocejos. Não fossem alguns poucos manifestantes protestando contra Ricardo Teixeira e a silhueta irrepreensível de Fernanda Lima, não teríamos nada para registrar. A novidade mesmo foi Joseph Blatter, presidente da FIFA, que meses atrás criticara os atrasos nas obras para 2014, ter dito: "A FIFA confia no Brasil!" Confia nada.
O presidencialismo americano, com seu sistema de freios e contrapesos, depende do Legislativo num grau muito maior do que acontece aqui no Brasil.
Quando funciona, o sistema é uma beleza. Quando não, há risco de paralisia do governo. É o que o democrata Obama está enfrentando agora ao tentar construir um acordo com os republicanos para elevar o teto de endividamento público.
Se esse limite não for ampliado até terça (02/08), há risco de calote da maior potência global. Dá medo imaginar as consequências disso para a economia mundial. Os EUA estão brincando à beira do abismo, como qualificou a presidente Dilma Rousseff.
O bipartidarismo americano agrava a dependência que o Executivo tem do Legislativo. Hoje, a Câmara de lá é controlada pelo Partido Republicano. O Senado está com o Partido Democrata.
Foi nesse contexto que o ministro petista fez a brincadeira sobre o bem que o PMDB e o PR fariam a Obama numa hora como esta.
Vivemos reclamando, com razão, do excesso de partidos no Brasil e de como o presidente, cuja sigla não elege sozinha maioria no Congresso, depende de acordos com esse centrão disposto a apoiar todos os governos. Mas o pluripartidarismo brasileiro permite o isolamento de tendências políticas mais radicais.
Quando o PT era oposição radical aos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, fez bem ao Brasil contar com um centro político que deu estabilidade a essas administrações para implantar o Plano Real e mudar o Brasil moderno.
No governo, o moderado PT soube tirar proveito das mesmas forças políticas para desidratar o DEM e alguns radicais do PSDB. Luiz Inácio Lula da Silva, então, pode fazer a maior inclusão social de nossa história.
Não é o caso de vender a democracia brasileira como melhor do que a americana, com mais de dois séculos de estrada. Mas de notar como a radicalização política pode ser danosa, seja na Venezuela, no Brasil ou nos Estados Unidos.
A moderação brasileira, que tantas vezes atrasa avanços, tem um lado positivo para quem preside a república. Permite saídas para momentos agudos.
O "Tea Party", esse movimento de tintas fascistas e xenófobas, está empurrando o Partido Republicano para uma posição política que inviabiliza os tradicionais acordos que o setor mais moderado da sigla costuma fazer com a ala mais conservadora do Partido Democrata.
O "Tea Party" odeia Obama e tudo de bom que ele representa para os Estados Unidos e o planeta. Obama nunca foi aceito por uma parcela da sociedade americana. Há muito de preconceito racial nas raízes dessa rejeição.
Por isso, Obama fez muito bem em ir à TV pedir à população que pressione os políticos pelas redes sociais, por telefone, pessoalmente. Acuado, partiu para o confronto. Até agora, não houve acusação de 'chavismo' contra o americano.
Com todos os seus erros, Hugo Chávez e Barack Obama têm algo em comum: enfrentam uma parcela da elite de seus países que demoniza os mais pobres e as políticas que cobram dos mais ricos uma cota maior para distribuir renda. Em menor grau, Lula enfrentou e enfrenta isso até hoje.
Por Kennedy Alencar
CURTAS
Votou Contra - Esta semana uma revelação bombástica irritou a presidenta Dilma. A revelação do ministro Jobim de que votou em Serra nas eleições do ano passado, deixou não só a presidenta, mais alguns deputados e assessores irritados.
PSL de Santa Cruz - Depois de perder a primeira batalha pelo PSL de Santa Cruz, o vice prefeito Zé Elias Filho segundo informações, finalmente conseguiu o partido para ser candidato a prefeito em 2012, assim o próprio vice prefeito afirmou na sede do PSL em Recife.
Recifolia não volta - O secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos (PT), ficou preocupado com a repercussão de notícias neste fim de semana sobre uma possível volta do Recifolia, evento que marcou época em Boa Viagem e que acabou na gestão passada. 'O recifolia não vai voltar.Teremos um evento em novembro na Dantas Barreto no modelo galo da madrugada. Sem abadá, sem cordão, com camarotes', advertiu.
O sorteio das chavez para a Copa - A prefeitura e o governo do Rio demonstraram como gastar R$ 30 milhões para fazer uma festa monótona e interminável, no sorteio dos grupos para a Copa do Mundo, realizado, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Mesmo com a presença de grandes craques do passado e presente e show de astros de nossa música popular, ficou difícil controlar os bocejos. Não fossem alguns poucos manifestantes protestando contra Ricardo Teixeira e a silhueta irrepreensível de Fernanda Lima, não teríamos nada para registrar. A novidade mesmo foi Joseph Blatter, presidente da FIFA, que meses atrás criticara os atrasos nas obras para 2014, ter dito: "A FIFA confia no Brasil!" Confia nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, registrar E-mail