Só quem é absolutamente leigo em
articulações políticas não percebe que o governador Eduardo Campos está
confortavelmente instalado, na condição de expectador privilegiado,
assistindo a toda essa briga fratricida envolvendo o PT pernambucano, em
torno da candidatura petralha à prefeitura do Recife, para no momento
certo lançar o candidato do PSB na disputa, deixando o candidato
petista, seja lá qual for o que sobreviver nessa pendenga, pendurado no
pincel.
Toda essa "boataria" de que o PSB
está de olho na vice do candidato petista, através da indicação do
presidente estadual da legenda, Sileno Guedes, não passa de uma “cortina
de fumaça”, tanto que Eduardo Campos, agindo de forma estratégica,
exonerou três dos seus mais próximos secretários (Danilo Cabral, Tadeu
Alencar e o próprio Sileno Guedes), exatamente para ter disponibilidade
de quadros para, caso sinta a oportunidade de “passar a perna” no PT,
com reais condições de vitória, dispor de nomes com os quais possa
articular a candidatura majoritária socialista, fazendo com que o PSB
fique "capitalizado" para enfrentar a eleição para governador, em 2014,
passando a contar não só com o governo estadual, mas também com o
comando administrativo da capital pernambucana.
Humberto Costa, o candidato biônico imposto pela Executiva Nacional do PT, que “coloque as barbas de molho”, pois mais do que nunca, fica a clara impressão de que essa sua indicação como candidato petista à Prefeitura do Recife, que teria surgido através de um acordo entre o governador Eduardo Campos e o ex-presidente Lulla, como moeda de troca pelo apoio do PSB ao candidato petista na disputa pela Prefeitura de São Paulo, não passa de uma bem urdida artimanha visando “queimar o filme” de Humberto, tirando do pleito pelo governo estadual, em 2014, o melhor candidato com o qual o PT poderia dispor.
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