De terceira suplente de vereadora, a professora aposentada Celeste
Barros tomou posse como vereadora do município de Solidão, esta semana,
graças ao voto de um único eleitor(a). O curioso é que esse solitário
sufrágio, não foi nem dela, nem do seu marido, que tinham compromissos
de votar em outra candidata. Quem votou em Celeste?
Foto: S1 Notícias
Celeste tomando posse na Câmara Municipal de Solidões-PE,
graças a confiança de um único eleitor
Celeste tomando posse na Câmara Municipal de Solidões-PE,
graças a confiança de um único eleitor
Com poucos votos um cidadão pode se tornar vereador no pequeno município de Solidão, no sertão pernambucano, a 411 km da capital. No último pleito municipal, em 2008, dos aproximados 6 mil habitantes, 4.815 estavam aptos a votar, segundo o TRE-PE, apenas a 4.155 votaram. Foram necessários apenas 375 votos para o cidadão solidanense Zeverland Virginio Lima, do PSB, ser eleito como o vereador mais votado.
Na edição impressa do Jornal do Comércio deste domingo, o jornalista Paulo Augusto, reporta, que mesmo numa cidade tão pequena, é difícil crer que alguém que tenha recebido apenas um mísero voto possa assumir uma cadeira na Câmara Municipal. Foi o que aconteceu com a professora aposentada Celeste Barros (PR), 51 anos, que, de terceira suplente, acabou empossada na última segunda-feira (11). A nova vereadora teve apenas um voto. O mais curioso, é que nem ela nem o marido votaram nela.
O que poderia ter levado uma pessoa a se candidatar, se nem ela mesma achava-se merecedora do seu voto?
A professora explicou que entrou na disputa, só para ajudar o partido, que só tinha duas candidatas e precisava de uma terceira para atingir o mínimo exigido pela Justiça Eleitoral. A legislação eleitoral exige que pelo menos 30% dos candidatos proporcionais de um partido seja do sexo feminino.
Celeste foi abordada pela vice-prefeita, Jacinete Vieira, que estava procurando uma mulher para completar a chapa. A princípio recusou, mas acabou aceitando para colaborar com o partido.
Nas mesmas circunstâncias já havia se candidato em 2004, quando também recebeu apenas um voto.
A pergunta que não quer calar é quem votou em Celeste? Segundo a mais nova vereadora de solidão, ela e o marido votaram em outra candidata, Eliana Santos, do PSB, que por sinal foi eleita com 309 votos.
Celeste acredita que o voto foi conseguido por uma afilhada. Mas depois que ganhou fama nacional, como a vereadora de um voto, disse a uma rádio local que mais de trinta pessoas já disseram que foram seus eleitores. Votos que não apareceram nas urnas. Esses bajuladores mentirosos estão querendo ganhar prestígio junto a nova vereadora.
Uma série de fatores levou Celeste Barros à Câmara Municipal. Um dos vereadores eleitos pela sua coligação se licenciou por motivos de saúde, dando lugar a Peba (Antônio Marcos Melo), o primeiro suplente. Ano passado, Aparecida de Cleones, segunda suplente, faleceu. Semana passada, o vereador Dionísio Melo se licenciou, também por problema de saúde, como não tinha mais ninguém tiveram que empossar Celeste.
A fama não subiu a cabeça de Celeste Barros, que não pretender se candidatar novamente, mesmo estando de posse de uma cadeira da câmara.
Quando perguntada, disse: “Não! O pessoal está pedindo, mas a última vez que eu me candidatei gerou uma ciumeira danada, porque você tira votos (votos?) de outros candidatos. Então, não estou querendo disputar”.
Argumento estraho, pois, no último pleito ela só tirou um voto de alguém...
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